viernes, 14 de octubre de 2011

Joel Nascimento (tento explicar o atraso)

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Hoje fomos atacados, à traição. Emboscada, como é do estilo do agiota. Mandou seus mercenários. Não os políticos, que os guarda para tarefas menos nobres. Mandou os últimos da hierarquia, os matadores. 

Mr. F. Febraban sente muita raiva. Sua organização anda levemente ameaçada por greve, os escravos pararam.

Uma grevezinha de nada, a turma deveria mesmo era quebrar tudo, tirá-lo a pau do buraco de luxo onde se esconde, e chamá-lo às falas. Não é que a turma seja um monte de cacaca, como sugeriu Mr. Hyde. Não, é que é complicado. Aquela coisa que não tem explica, se entender, entendeu, se não... esquece.

Mr. Febraban tem hemorróidas, e é broxa e corno, adquiriu esses incômodos por ser como é, sabem como é, essas andanças da vida. Os filhos ou são viados ou morrem em esportes de ricos, de risco. Tempos atrás Mr. contratava francos-atiradores para comer a madame e lhe dar uns tapas na cara, dela e dele, ai que coisa, mas até nisso perdeu o prazer. A broxura, segundo Freudolino, quando pega, pega até no calcanhar do malandro. Não perdeu em certa parte do corpo, o lugarzinho de que falava Paulo Silvino, mas como é da Opus Dei não gosta que a adúltera megera presencie tais consórcios, faz escondido, ui. Okei.

Enfim, em vez de aprender, o docinho (vem a ser contraprimo-avô do Adolf) amargou, ficou com ódio. Ódio gelado, de tico inútil banhado em ouro. Não precisa mais de dinheiro, tem demais, mas rouba pelo prazer da metida de mão, de prejudicar, desafiando os deuses da Terra,  quem não tem os tais probleminhas. Como acha pouco, impõe judiariazinhas a mais. A fome, a escuridão. É o seu gôzo.

Falar em esportes, evitemos ultraleves. Golfe é mais seguro. A gente vai mesmo é de rolimã, eba,  lá vamos nós ladeira abaixo, tudo de madeira, salvo uns pinos da oficina do Careca, feito com a ajuda do seu Tião marceneiro. Epa, cuidado o guri aí, moçada, descontrolou o carro, vai direto ao buracão. Tá cuidado.

Mr. F. Febraban tem a justiça superior nas mãos, seus empregados supremos, e domina as classes armadas, criadas para defendê-lo quando o mundo o assustou, eta gentalha que teima em fazer filho teimoso, aqui que a coisa complica mesmo. Da massa surgem aviões, mesmo sendo cem mil por um. Mas a maioria tem medo. Magine, hora do brasil na hora do jogo do Internacional?

Medo impregnado, de dar tremura, implantado em séculos de ameaças subliminares, bão é ser ladrão, oba. A cachaça tá barata, indiada. E também a ferro e sangue. Comissão do quê mesmo, Verdade? Sou mais ministro passarinho, tão sincero o assassino. Para que mesmo, afinal, todos sabem quem financiou o terrorismo de estado, né, Mr. F.?

Mr. F. Febraban tem o povinho nas mãos através dos outros amiguinhos cornos e, bem, probleminhas em família, proprietários (se adonaram, roubaram tudinho, ui que bom) da telinha azul, o crack da miséria. Lindo ver nazistas desfilando na tela, passo de ganso ao cobrir os acontecimentos. Entendemos o Joelmir. Compre nas casas bahia, mil prestações.

Pero, devido ao ataque, que muito nos custou, outro dia falaremos disso, agora não é hora, quase esquecemos a rainha negra. E pior, quase olvidamos Joel Nascimento.

Hora de falar sério. A carnificina ali atrás deve ser um sonho mau.

Nem tiros de arma pesada no pára-brisa nos impediriam de homenagear o Joel.

Joel do Nascimento (Rio de Janeiro, 13/10/1937), é assunto entre bandolins. Quando conversam, esses lúdicos instrumentos, sempre se ouve: "O Joel é um dos poucos caras no mundo que sabe pegar na gente, pega doce, com amor, com gosto". Isso diz um, para um coro de bandolins saltar em aplausos, notas lá em cima, embaixo, no meio, há momentos em que não se sabe se riem ou choram, brilham, torrente de carinho, um turbilhão de felicidade. Abraçados.

Hoje Joel volta ao Japão. Com "Murmurando".

Este choro foi notabilizado por Jacob do Bandolim. Mas é do Fon-Fon (Otaviano Romero Monteiro, 31/1/1908, Santa Luzia do Norte, Alagoas, BR - 10/8/1951, Atenas, Grécia) e do Mário Rossi (23/5/1911, Petrópolis, RJ - 12/10/1981, Rio de Janeiro, RJ).

Salve, Joel! A palafita emudece para ouvi-lo.







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