jueves, 2 de febrero de 2012

Os mentirosos, n'A charge do Dias

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Ainda em roda de chimarrão, a turma do Beco do Oitavo, segundo notícias quentinhas, envolve-se em profundas discussões sobre figuras proeminentes do bairro. Lúcio Peregrino afirmou que há dois tipos de sujeitos: os que dizem bobagens apenas para ter o que dizer, sem ter a menor idéia do que se trata, e os que acreditam nas asneiras que dizem.

Nicolau Gaiola contestou: há também aqueles que sabem exatamente que ninguém vai acreditar nas tolices que dizem, mas que, protegidos pelo canetaço, pelo dono do jornal e pelas classes armadas (os escravos que trabalham pela comida), pagam para ver quem terá o peito de contestá-los.

Hummm... muito complicado, são inúmeros os tipos. Tem também aqueles que vivem no mundo da Lua, jamais entraram numa favela ou num presídio. Quando começar a rolar caipirinha (a aperitivação vai das dez à uma da tarde), só imagino o que os boêmios dirão dos Vossas Proeminências, no mínimo que são todos adoradores de Onan.

Nos dois primeiros tipos  tavam falando do Lula, depois passaram para o Collor, para no fim chegar no povão - diz Marquito Açafrão irritado -, quem  sabe vocês falam mais claro, o Moscão não entendeu nada.

A coordenadora da coluna dá uma passada no bar e trata de apressar a votação, hoje Salito tem mais o que fazer além de esperar pelos pinguços.

Escolheram a obra do Duke, de O Tempo (Belo Horizonte, MG).




No Botequim do Terguino 80% dos frequentadores apareceram com a camiseta do Internacional, campeão de Tudo, para judiar da minoria. Entretanto, caso raro de 16 a 2, votaram juntos na charge de mais um mineiro, o S. Salvador, do Estado de Minas (Belo Horizonte, MG).




E a coordenadora, Srta. Leila Ferro, que tem direito a uma escolha a solas, fechou novamente com o Cazo, do Comércio do Jahu (Jaú, SP).


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