viernes, 3 de febrero de 2012

Os criminosos de toga, n'A Charge do Dias

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Hoje, ao  se depararem com as notícias, os boêmios do Beco do Oitavo saíram do sério. Lá estava, cara lisa, serragem tirada, com palavras escolhidas, o presidente da Associação dos Magistrados, lamentando as decisões do Supremo Tribunal Federal (decisão apertada! Traremos os nomes amanhã).

É que pacificou-se algo terrível para os juízes, pobrezinhos, no entender desse senhor (tem a cara dos Irmãos Metralha, ou é impressão do blog?): se o Vossa Excelência cometer um "desvio de conduta", isto é, algum crimezinho de vender sentença para bandidos declarados (para banqueiro e grande "empresário" com ajuda do bnde's pode, únicas exceções de declarados), por exemplo, o Conselho Nacional de Justiça pode mandá-lo para casa, aposentado, onde continuará recebendo seu polpudo salário, sem trabalhar, com mordomias, assistência médica de primeira, até morrer.

Aí a "injustiça": o tadinho do criminoso nunca mais vai poder "trabalhar", isto é, vender sentenças, soltando colas-finas assassinos e ladrões do dinheiro público, enquanto confina infelizes ladrões de galinhas - não raro inocentes, ou meninos drogaditos no nariz, traquéia e pulmões deste sistema viciado de que se alimentam todas as espécias de corvos, em fétidos cárceres na Ilha do Diabo. Para mal dos pecados - argumenta o sensível presidente da Associação - as pessoas ficarão falando mal, pelas costas, dos aposentados.

Respirando fundo, deu falta de ar.

De fato, terrível... A sociedade ficar falando mal do herói, que um dia passou num concursinho pra juizeco, sabe-se lá como, que foi aposentado nessas circunstâncias...

"Mas tinha era que arrancar a capa preta do corvo e fincá-lo na cadeia!", rugiu Mr. Hyde, dando um bruto soco na mesa. Gustavo Moscão levantou, olhou para os lados, atarantado, sentou de novo, e disse nervoso: "Eu mato com as mãos um bicho desses, se condenarem sem razão um parente meu". O Contralouco, com os olhos sanguíneos: "Quero ver eles soltarem um filho de ministro ladrão ou de um empresarião ladraozão por, bêbedo, atropelar um coitado de madrugada, se o atropelado for dos meus!".

Xiii..., pesteou o ambiente. "Calma, gente, confiemos na Justiça, um que outro mau elemento existe em todas as classes", falou a voz da sabedoria, Terguino Ferro, que estava de passagem, foi pedir uma caixa de cervejas emprestada ao Portuga.   

Pois é, isso estragou momentaneamente o início de sexta-feira no Beco. Mais tarde tudo clareia, haverá festa, a sexta é sagrada, corno algum há de lhe tirar o brilho.

Escolheram a obra do dia com a maior facilidade. Deu J. Bosco, de O Liberal (Belém, PA).



O Botequim do Terguino há meses vem esperando a queda do falso chorão, acreditaram no blog, era esse o horror, o Bezerrão poderia esperar mais um dia, embora seja um lalau, mas este é pior. Ninguém entenderá, jamais, como o colocaram lá - hijito de pápi com dois neurônios e nota dez em negociatas, e como custaram tanto para dar-lhe um pontapé na bunda.

Dilma, Dilma... Ainda há muitos casos assim. Dá uma náusea pensar nas gangues..., bem, hoje é sexta-feira, deixemos para lá grandes encucações.

Os pinguços escolheram o Elvis, do Correio Amazonense (Manaus, AM).




E a senhorita Leila Ferro, que herdou de Adolfo Dias Savchenko a coordenação da coluna, fechou com o Frank, de A Notícia (Joinville, SC).



E assim passam os dias.
João.

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