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Por motivos de espetos enfiados, desajeitadamente (sempre é assim, ninguém enfia com jeito, quando sorriríamos ao morrer), em nosso coração, voltamos ao clássico do espetacular compositor Roberto Cantoral García (México: Ciudad Madero - Tamautulipas, 7 de junho de 1935 - Toluca, 7 de agosto de 2010), do fantástico Los 3 Caballeros.
Na última contagem aproximada, La Barca tinha mais de 1.000 versões em todas as línguas e dialetos do mundo, em disco. Deve ser bem mais. Há quem afirme que outra de suas composições, El Reloj, é a mais tocada de todos os tempos, concorrendo com a sua La Barca. Nenhum presidente do Brasil o recebeu de braços abertos, porque sabemos quem manda aqui na colônia, porém presidentes do México, Iugoslávia, Estados Unidos, Itália, e muitos outros, o fizeram. Um homem modesto, educado, simples. Em seus 75 anos de vida, 313 composições. 313 clássicos.
Todos os países sul-americanos o receberam e ovacionaram, à exceção do Brasil, o estranho do continente, e novamente lembramos: não por nós, mas pelo poder do invasor, que não permite a entrada de alemães, ucranianos, poloneses, italianos, nada de música, só o seu lixão, somos propriedade da águia que bebe sangue. Com a ajuda dos eternos vendilhões da patria, sim, sem estes isso não seria possível. Aliás, além do lixão, estranhamos que esses mesmos seres que exploram o Povo da Escuridão ainda não tenham inventado a Mulher-Sambiquira (bife já há, segundo as notícias dos múmios dos jornalões), para embalar os sonhos das meninas do subúrbio. Mania de mudar de assunto.
Esse negócio de espetos, modo brincalhão de dizer, nem foi conosco, diretamente, é coisa de vem de lá e vai de cá entre humanos, ninguém se escapa, não há inocentes.
Aflora à mente o fato de que, certa vez, estavam os maiores pensadores do mundo reunidos para encontrar uma explicação para as diferenças nos modos de sentir e ver a vida, e para aspectos mais profundos que somente a visão e o sentir. A reunião era na África: os países desenvolvidos do planetinha construíram uma cidade do futuro, para que seus deuses da inteligência pudessem pensar, pensar... Por um erro de cálculo, de lá se podia ver, de luneta, crianças morrendo de fome e de aids sem nenhuma interferência, nenhum bombardeio dos ianques. Mas as lunetas foram rapidamente desaparecidas.
Teses magníficas brotaram. Após 152 anos de estudos, de sangrentos embates, chegaram a um meio-termo. Assim-assim. Nessas alturas, os intelectuais estavam divididos em muitos grupelhos, cada um defendendo ardentemente, até com armas, os seus pontos de vista.
Para divulgarem a compreensão do problema, que ia do amor à ingratidão, pelos múltiplos estágios de vida dos animais do nascer-comer-beber-morrer daqui da Terra, enfim elucidando o maior problema dos grãos de areia que andam por este planeta grão de areia, uma disfunção que envolve todas as áreas do conhecimento, todos exaustos por varrerem a Biblioteca da Alexandria e os céus buscando respostas... quando acharam que já tinham as principais conclusões, negociadas, perceberam que necessitariam de 200.000 tomos de 500 páginas cada um.
Aí um gajo ia passando na hora da saída da última reunião de cúpula dos sabes-tudo. Garrafa na mão, exclamou: "O mundo é um ônibus lotado; querendo ou não, a gente sempre pisa no calo de alguém".
Todos os seus queixos caíram na calçada da fama. Morreram lá, ridículos, cabeças enterradas na terra, de bunda para a Lua.
Tentemos relaxar, pois. A morte é a única certeza.
Alguns de nós, por razões de coração, passamos o resto da vida nos arrependendo mortalmente pelo involuntário pisão. Chegamos a esquecer a máxima (esta de outra reunião de pensadores, aliás, de um africano que ia passando na saída da inócua reunião), de quem ninguém erra sozinho.
Na última contagem aproximada, La Barca tinha mais de 1.000 versões em todas as línguas e dialetos do mundo, em disco. Deve ser bem mais. Há quem afirme que outra de suas composições, El Reloj, é a mais tocada de todos os tempos, concorrendo com a sua La Barca. Nenhum presidente do Brasil o recebeu de braços abertos, porque sabemos quem manda aqui na colônia, porém presidentes do México, Iugoslávia, Estados Unidos, Itália, e muitos outros, o fizeram. Um homem modesto, educado, simples. Em seus 75 anos de vida, 313 composições. 313 clássicos.
Todos os países sul-americanos o receberam e ovacionaram, à exceção do Brasil, o estranho do continente, e novamente lembramos: não por nós, mas pelo poder do invasor, que não permite a entrada de alemães, ucranianos, poloneses, italianos, nada de música, só o seu lixão, somos propriedade da águia que bebe sangue. Com a ajuda dos eternos vendilhões da patria, sim, sem estes isso não seria possível. Aliás, além do lixão, estranhamos que esses mesmos seres que exploram o Povo da Escuridão ainda não tenham inventado a Mulher-Sambiquira (bife já há, segundo as notícias dos múmios dos jornalões), para embalar os sonhos das meninas do subúrbio. Mania de mudar de assunto.
Esse negócio de espetos, modo brincalhão de dizer, nem foi conosco, diretamente, é coisa de vem de lá e vai de cá entre humanos, ninguém se escapa, não há inocentes.
Aflora à mente o fato de que, certa vez, estavam os maiores pensadores do mundo reunidos para encontrar uma explicação para as diferenças nos modos de sentir e ver a vida, e para aspectos mais profundos que somente a visão e o sentir. A reunião era na África: os países desenvolvidos do planetinha construíram uma cidade do futuro, para que seus deuses da inteligência pudessem pensar, pensar... Por um erro de cálculo, de lá se podia ver, de luneta, crianças morrendo de fome e de aids sem nenhuma interferência, nenhum bombardeio dos ianques. Mas as lunetas foram rapidamente desaparecidas.
Teses magníficas brotaram. Após 152 anos de estudos, de sangrentos embates, chegaram a um meio-termo. Assim-assim. Nessas alturas, os intelectuais estavam divididos em muitos grupelhos, cada um defendendo ardentemente, até com armas, os seus pontos de vista.
Para divulgarem a compreensão do problema, que ia do amor à ingratidão, pelos múltiplos estágios de vida dos animais do nascer-comer-beber-morrer daqui da Terra, enfim elucidando o maior problema dos grãos de areia que andam por este planeta grão de areia, uma disfunção que envolve todas as áreas do conhecimento, todos exaustos por varrerem a Biblioteca da Alexandria e os céus buscando respostas... quando acharam que já tinham as principais conclusões, negociadas, perceberam que necessitariam de 200.000 tomos de 500 páginas cada um.
Aí um gajo ia passando na hora da saída da última reunião de cúpula dos sabes-tudo. Garrafa na mão, exclamou: "O mundo é um ônibus lotado; querendo ou não, a gente sempre pisa no calo de alguém".
Todos os seus queixos caíram na calçada da fama. Morreram lá, ridículos, cabeças enterradas na terra, de bunda para a Lua.
Tentemos relaxar, pois. A morte é a única certeza.
Alguns de nós, por razões de coração, passamos o resto da vida nos arrependendo mortalmente pelo involuntário pisão. Chegamos a esquecer a máxima (esta de outra reunião de pensadores, aliás, de um africano que ia passando na saída da inócua reunião), de quem ninguém erra sozinho.
O cantante é Luis Miguel Gallego Basteri (San Juan de Puerto Rico, 19 de abril de 1970), aqui parece que em show em Viña del Mar, de Colombia. No youtube não há grandes cantores para La Barca, há somente o Luís, mas sem o porte e a sensibilidade que gostaríamos. Na moda da frescura besta, tonterías. Um grande cantor, mesmo assim, a quem desejamos boa saúde e ainda mais sucesso.
O mundo, definitivamente, mudou. Meu coração não.
O mundo, definitivamente, mudou. Meu coração não.
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