Hoje foi oficializada
a anistia post mortem de Carlos Marighella, o grande brasileiro
assassinado pelos gorilas do regime militar (1964-1985). A declaração está na
Portaria 2.780, publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União. O ministro de plantão cumpriu a sua obrigação, subscrevendo a decisão da comissão de anistia.
Marighella, homem e poeta de infinita coragem, foi
militante do Partido Comunista Brasileiro e um dos principais organizadores da
luta armada contra a ditadura instaurada em 1964.
Foi assassinado em 1969, em São Paulo, emboscado pelos piores animais de que o Brasil já teve notícia, nem os cortadores de carne de Getúlio Vargas ousaram tanto: agentes da Delegacia de Ordem Política e Social (Dops), bichos treinados pelos cães dos Estados Unidos, para matar. Gente escolhida a dedo: incultos, manobráveis e ambiciosos. Burros, enfim. Nunca ninguém os chamou disso, burros, mas é o que eram, a característica mais marcante, é o que são os que ainda estão vivos: burros, primeiro, depois, et por quá, assassinos impiedosos.
Dar choque em meninas, afogar a mãe em vaso cheio de fezes? Ah, como sou forte, que poder! Meter cabo de vassoura no ânus de um coitado, em teatro, lá embaixo alguns juristas e donos de comunicações, alguns ainda vivos, assistindo, de pau duro, se excitavam com sangue jorrando do ânus? Com os berros desesperados das vítimas?
Tristes dias. Época em que nosso país passou o horror dos horrores, com o silêncio cúmplice e medroso da classe média, já contaminada pela Globo, e com o apoio descarado das classes ignorantes, o povo da escuridão absoluta, que hoje entrega a graninha para pastores repugnantes, que os tornam radicais donos da razão. Esses não contam. Conta a média, a mesma que bateu panela pela queda de Jango, sem saber que o inimigo, que se dizia seu amigo, é que havia escondido a comida. As emissoras de rádio. Quem as deu a eles, se a mim, a nós, não deram? Hoje, agora, sabe o amigo porque uns tem concessões de rádio, tevê, e a gente não? Vai olhar, vai.
Claro, os idealizadores, banqueiros, grandes "empresários", saudados pelo vendido governo de agora, esses mensaleiros, brindavam à morte horrível com champanhes caríssimos, como as do Lula e Dirceu. Felizes. Malufes, gerdalinos e seus cavalos do banco do brasil, o chefão alemão da máfia catarinense, baianos malvadezas, mineiros do banco... A "elite" de nazistas que todos ainda hoje fingem não saber os nomes, elite de nada, sanguessugas de dinheiro roubado de crianças tísicas de fome.
Esses os caras que desejo ver julgados. O torturadores eram nada, burros paus mandados. E temos associações procurando ratos, sabendo muito bem que não é o carrasco o culpado, que o culpado é quem mandou. Os lixos, paus-mandados, se condena, precisamos condenar, mas importa menos, não resolve o problema.
De onde vem o dinheiro? Fala sério! Se não de crianças com fome. Como viveriam, esses aleijados que nem sabem o que é uma enxada, se não houvesse gente para escravizar, arrancando coração, tripas, até a alma, como? Ora, esta história é muito mais velha que Jesus. Gente mantida na escuridão para isso mesmo. Porcos, escravos.
Antes da anistia política, o Estado (nosso, pués si?) já havia reconhecido, em 1996, que fora responsável pela sua morte. A família de Marighella não solicitou reparação econômica, apenas um pedido de desculpas do Estado, o reconhecimento da perseguição ao militante, que hoje, enfim, veio.
Foi assassinado em 1969, em São Paulo, emboscado pelos piores animais de que o Brasil já teve notícia, nem os cortadores de carne de Getúlio Vargas ousaram tanto: agentes da Delegacia de Ordem Política e Social (Dops), bichos treinados pelos cães dos Estados Unidos, para matar. Gente escolhida a dedo: incultos, manobráveis e ambiciosos. Burros, enfim. Nunca ninguém os chamou disso, burros, mas é o que eram, a característica mais marcante, é o que são os que ainda estão vivos: burros, primeiro, depois, et por quá, assassinos impiedosos.
Dar choque em meninas, afogar a mãe em vaso cheio de fezes? Ah, como sou forte, que poder! Meter cabo de vassoura no ânus de um coitado, em teatro, lá embaixo alguns juristas e donos de comunicações, alguns ainda vivos, assistindo, de pau duro, se excitavam com sangue jorrando do ânus? Com os berros desesperados das vítimas?
Tristes dias. Época em que nosso país passou o horror dos horrores, com o silêncio cúmplice e medroso da classe média, já contaminada pela Globo, e com o apoio descarado das classes ignorantes, o povo da escuridão absoluta, que hoje entrega a graninha para pastores repugnantes, que os tornam radicais donos da razão. Esses não contam. Conta a média, a mesma que bateu panela pela queda de Jango, sem saber que o inimigo, que se dizia seu amigo, é que havia escondido a comida. As emissoras de rádio. Quem as deu a eles, se a mim, a nós, não deram? Hoje, agora, sabe o amigo porque uns tem concessões de rádio, tevê, e a gente não? Vai olhar, vai.
Claro, os idealizadores, banqueiros, grandes "empresários", saudados pelo vendido governo de agora, esses mensaleiros, brindavam à morte horrível com champanhes caríssimos, como as do Lula e Dirceu. Felizes. Malufes, gerdalinos e seus cavalos do banco do brasil, o chefão alemão da máfia catarinense, baianos malvadezas, mineiros do banco... A "elite" de nazistas que todos ainda hoje fingem não saber os nomes, elite de nada, sanguessugas de dinheiro roubado de crianças tísicas de fome.
Esses os caras que desejo ver julgados. O torturadores eram nada, burros paus mandados. E temos associações procurando ratos, sabendo muito bem que não é o carrasco o culpado, que o culpado é quem mandou. Os lixos, paus-mandados, se condena, precisamos condenar, mas importa menos, não resolve o problema.
De onde vem o dinheiro? Fala sério! Se não de crianças com fome. Como viveriam, esses aleijados que nem sabem o que é uma enxada, se não houvesse gente para escravizar, arrancando coração, tripas, até a alma, como? Ora, esta história é muito mais velha que Jesus. Gente mantida na escuridão para isso mesmo. Porcos, escravos.
Antes da anistia política, o Estado (nosso, pués si?) já havia reconhecido, em 1996, que fora responsável pela sua morte. A família de Marighella não solicitou reparação econômica, apenas um pedido de desculpas do Estado, o reconhecimento da perseguição ao militante, que hoje, enfim, veio.
A foto é tão rara quanto famosa, atravessou o mundo, o poeta lutador ainda firme, com evidentes sinais de tortura no corpo.
Saudades. Fazes uma falta, Carlos, mas uma falta...
.
O país de uma nota só
(Carlos Marighella)
Não pretendo nada,
nem flores, louvores, triunfos.
nada de nada.
nem flores, louvores, triunfos.
nada de nada.
Somente um protesto,
uma brecha no muro,
e fazer ecoar,
com voz surda que seja,
e sem outro valor,
o que se esconde no peito,
no fundo da alma
de milhões de sufocados.
Algo por onde possa filtrar o pensamento,
a idéia que puseram no cárcere.
uma brecha no muro,
e fazer ecoar,
com voz surda que seja,
e sem outro valor,
o que se esconde no peito,
no fundo da alma
de milhões de sufocados.
Algo por onde possa filtrar o pensamento,
a idéia que puseram no cárcere.
A passagem subiu,
o leite acabou,
a criança morreu,
a carne sumiu,
o IPM prendeu,
o DOPS torturou,
o deputado cedeu,
a linha dura vetou,
a censura proibiu,
o governo entregou,
o desemprego cresceu,
a carestia aumentou,
o Nordeste encolheu,
o país resvalou.
o leite acabou,
a criança morreu,
a carne sumiu,
o IPM prendeu,
o DOPS torturou,
o deputado cedeu,
a linha dura vetou,
a censura proibiu,
o governo entregou,
o desemprego cresceu,
a carestia aumentou,
o Nordeste encolheu,
o país resvalou.
Tudo dó,
tudo dó,
tudo dó...
tudo dó,
tudo dó...
E em todo o país
repercute o tom
de uma nota só...
de uma nota só...
repercute o tom
de uma nota só...
de uma nota só...
me emocionei com seu texto. tanto que de tantas palavras que me trasbordaram na mente, nenhuma foiforte o suficiente para ficar. por isso paro aqui, em homenagem a Marighella e ao seu texto.
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