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O grande Cruzeiro de Belo Horizonte é o único clube que os boêmios respeitam, além do co-irmão Grêmio, claro, este briga caseira, insuperável, nossos vizinhos, amigos, mas que em dia de jogo... Pois passaram a manhã lamentando a sorte do rival mineiro. Rival é modo de dizer. Companheiros.
Ah, ia esquecendo de dizer: os boêmios são todos colorados, pelo menos os das mesas da "diretoria". Diretoria que não tem a ver com grana. E os mais vellhos recordam o goleiro Raul, Nelinho, Piazza... Dirceu Lopes, o "louco" do Palhinha.
E aquele zagueiro central, pai, o Perfumo, que tu diz que passeava, matava no peito, toma ali, o passe na catega -, diz o moleque do Janjão. Janjão só viu em filme e no papo do pai dele, mas isso marca, a gente passa para os filhos as emoções do pai da gente.
Mr. Hyde, o Cético, não perdoa: quem mandou os associados botarem políticos, lobos sarnentos, na direção?
Ninguém quis responder ao Hyde, não adianta chorar leite derramado, mas o Hyde ficou lá insistindo, botaram ladrão, é bom pra aprender e tal... Ninguém quis saber.
Uma pausa. Pedem para colocar vídeo, prometendo que, na semana que vem, irá o outro, a favor do Cruzeiro. Este é do tempo em que o Beira Rio não era só para ricos, cabia cem mil pessoas. Obedecemos:
http://www.youtube.com/watch?v=hyodkLQgMWo
(Só clicando, não quis entrar o vídeo, mas é um clique por outro)
Acabou o compacto. O que resta? Aquela tropa de homens com os olhos ensopados, rostos transfigurados de emoção.
Janjão prometeu um dia levar o menino conhecer a Toca da Raposa. Lúcio Peregrino fica sério e diz: eu era menininho, mas aquele ponta-esquerda deles, o Joãozinho, sai da frente...
O Contralouco pergunta alto: "Piazedo, e quem era o goleiro do Inter? Aquela falta com efeito do Nelinho, paulada, pra pegar só o melhor do mundo, quem era o melhor goleiro do mundo?".
Um maluco que passava do outro lado da rua fez coro com a meninada: Manga!
Quem viu, sabe: Manga foi crucial.
As crianças sentem saudades do que não viram, somos nós, vivemos neles. A elevação de Figueroa com o sol no rosto. O sensacional jogo, que matou gente do coração aqui no Sul, os 5 a 4 lá, vitória do grande Cruzeiro, aquilo não foi derrota, foi luta.
Uma pausa. Pedem para colocar vídeo, prometendo que, na semana que vem, irá o outro, a favor do Cruzeiro. Este é do tempo em que o Beira Rio não era só para ricos, cabia cem mil pessoas. Obedecemos:
http://www.youtube.com/watch?v=hyodkLQgMWo
(Só clicando, não quis entrar o vídeo, mas é um clique por outro)
Acabou o compacto. O que resta? Aquela tropa de homens com os olhos ensopados, rostos transfigurados de emoção.
Janjão prometeu um dia levar o menino conhecer a Toca da Raposa. Lúcio Peregrino fica sério e diz: eu era menininho, mas aquele ponta-esquerda deles, o Joãozinho, sai da frente...
O Contralouco pergunta alto: "Piazedo, e quem era o goleiro do Inter? Aquela falta com efeito do Nelinho, paulada, pra pegar só o melhor do mundo, quem era o melhor goleiro do mundo?".
Um maluco que passava do outro lado da rua fez coro com a meninada: Manga!
Quem viu, sabe: Manga foi crucial.
As crianças sentem saudades do que não viram, somos nós, vivemos neles. A elevação de Figueroa com o sol no rosto. O sensacional jogo, que matou gente do coração aqui no Sul, os 5 a 4 lá, vitória do grande Cruzeiro, aquilo não foi derrota, foi luta.
Os boêmios escolheram uma triste obra do Dum, do Hoje em Dia. E mandam recado para a torcida do Cruzeiro: pra frente, indiada, coragem, peito nágua, amigos, vamos virar esse jogo!, 2013 é amanhã, sem vocês a gente não existe! Clóvis Baixo grita, emocionado: a final do Brasileiro de 2013 vai ser Inter x Cruzeiro, cinco a zero pra nós! O que faz a bebida.
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E, já pedindo uns pré-sal (tá, vai, pré-sais), ficaram também com o Frank, de A Notícia (Joinville, SC).
Leila Ferro ficou com o Ikenga, tal o gritedo que fez a velha Jezebel, sobre um Paespalhão e cabrais sujos de lula. Aqui o Contralouco se meteu, que professora e tal... mas um olhar da Leila o fez baixar a bola.
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