domingo, 17 de febrero de 2013

Concha Buika em Oslo

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Sobre Concha Buika este blog está lleno de referências. Pudera, me pediu em casamento certa vez, e o burro aqui, empernado com uma berlinense, disse eu te amo, mas tu é muito novinha.

No ano seguinte, para que... fui visitá-la antes de uma apresentação na Noruega. Jogou-se nos meus braços no camarim, antes de entrar em cena, pela surpresa em me ver. Eu, de terno branco, camiseta azul clarinha, chapéu no meio dos meus olhos castanhos, rosas vermelhas na mão, cara de quem nunca mais dormiu pensando naquele dia, disse: Buikinha, se tu me quiser ainda, eu topo, sempre te amei, te disse no ano passado, é que lá estava complicado, a Ingrid pensava em se matar...

Eu lembro, disse ela, tu estava encafifado com uma alemã com cabelos pintados de ruiva que dava duas de mim. Até hoje não entendo, para transar com aquele mulherão deve ter pedido auxílio aos vizinhos... O que houve, brigou com a grandona? Ela parecia ser uma pessoa muito tri, Salito.

Não gostei do rumo da conversa, fui de leve: - Não, Maria Concepción, na verdade nunca tive nada sério com ela...

Aí ela subiu nos tamancos: Como ousas me mentir, homem, se sabes que te quero bem, como sei que me amas, como puedes mentir? Ahora no, agora vai te catar, casei com alguém que eu amo e que não me deixa pendurada no pincel.

Mal terminou de falar e me entra um cigano de uns três metros de altura, ela batia na barriga dele. De largura, dava três de mim. Imaginei o pincel.

Enfim, a negra mais amada deste mundo, novamente se apresenta neste blog, mediante um cachê altíssimo. Naquele dia em Oslo, em que fiquei bebendo sozinho na mesa lá do fundo, no escuro, tomei o maior fogo da minha vida, todo mundo já tinha ido embora, inclusive ela e o cigano gigante, e acabei arranjando encrenca na saída. Um cara me confundiu com outra pessoa e me meteu o braço, mesmo bêbado me esquivei no instinto, e passou zunindo, se me pega me mata. Revidei também no instinto aceso, peguei no queixo em gancho, foi direto para a UTI de lá, soube depois, ficou no morre-não-morre por um mês, se salvou, e os seus amigos me quebraram a pau, contra seis só se o gigante me ajudasse. 

Dois dentes perdidos, duas costelas quebradas, fora os traumas musculares. Levei três dias para abrir os olhos, tanto o inchume.

Mas o mundo gira, deixa girar. Sei que ela me ama. O sangue da Nova Guiné, misturado à criação em Palma de Mallorca queria era vingança. O grandalhão é casado com uma sua prima, se prestou.

Besos, amada.




O texto é ficção, obviamente, mas que poderia não ser, e tentou ser uma forma divertida de exaltar a vida e a especial artista Concha Buika, com todo o respeito e carinho.

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