miércoles, 13 de febrero de 2013

O bloco dos desmoralizados, n'A Charge do Dias

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Os boêmios estão de volta ao batente, isto é, ao botequim. Ninguém quis saber de papo de carnaval, detestam os simulacros da televisão, são todos fãs de blocos de rua, mas em Porto Alegre isso é raridade.

- Outro dia dei uma espiada na tevê, aguentei dois minutos: nunca vi coisa mais horrorosa, umas artistas de merda nadando em silicone, cara, peito e bunda -, disse Clóvis Baixo.

- E alegria de cocaína... -, lembrou Tigran Gdanski.

- O povo só serve para empurrar os carros alegóricos que levam os "famosos" -, ironizou Jussara do Moscão.

- Ora, famosos, baitas duns paus no cu, "famosos" pra massa ignara -, disse Chupim da Tristeza.

- Eta povinho bem desgraçado -, encerrou o Contralouco.

Lúcio Peregrino, nada a fim de apresentar o seu resumo de novidades, com o "Notícias do Notibuc", saiu-se com as principais, já de conhecimento geral:

- Gente, o Papa da Inquisição vai tirar o time de campo, e o pedido de impeachment daquele elemento, o Renan Calheiros, está pertinho de um milhão e meio de assinaturas. 

(Se o amigo/a ainda não assinou, clique AQUI).

- Vou sentir uma falta desse Papa... -, zomba o filósofo Aristarco. 

Deixamos de reproduzir os comentários sobre o Sr. Ratzinger, bem como os elogios ao horrendo Sr. Renan Calheiros, vez que as charges selecionadas pelos empinantes dão uma idéia do que se falou.

Miss Leilinha liberou a turma, para compensar a ausência de domingo para cá.

Os boêmios ficaram com:

Aroeira, de O Dia (Rio de Janeiro, RJ). Tratando dele, o próprio desmoralizado.



Dum, do Hoje em Dia (Belo Horizonte, MG).



Sponholz, do Jornal da Manhã (Ponta Grossa, PR). Os artistas não esquecem do eterno deslumbrado, e os boêmios também não.


Novamente Aroeira, de O Dia.



E... Aroeira! Só da Aroeira. Aqui o bar foi abaixo.



Leilinha Ferro ficou com o Paixão, da Gazeta do Povo (Curitiba, PR).



E com o Duke, do Super Notícia (Belo Horizonte, MG).



 A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há alguns meses se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro. 

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