sábado, 23 de febrero de 2013

Marta Suplício n'A Charge do Dias

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Na mesa da janela, Lúcio Peregrino abria o computador no Botequim quando Tigran sibilou:

- A putianga da Marta Suplício está vindo pela calçada de lá, fecha isso, todo mundo olhe pra dentro, aquela piranha é insuportável.

O nome é Marta, ninguém sabe o sobrenome. Marta Suplício, o apelido que lhe deram os boêmios, é pela semelhança física com uma changa de São Paulo, que virou Ministra da Educação. Pasmem, o Contralouco crê em similitude também mental, que barbaridade.

A Suplício da Cidade Baixa já foi convidada a se retirar de muitas mesas dos bares da Rua da Olaria, pois sentava nas e só falava em sexo, nada sério, uma besteira atrás da outra, deslumbrada como seu chefe, um baixinho enrolador, burro que é uma porta. Ninguém lembra exatamente qual a sua especialidade, porém o Contralouco jura que é punhetóloga, especialista em masturbação mental.

Vez em quando aporta no Botequim do Terguino, para desespero dos beberantes.

Não deu outra, atravessou a rua, apesar da torcida do pessoal para que seguisse em frente. Uns olharam para dentro, outros levantaram, indo para a sinuca nos fundos, para desestimula-la, mas não adiantou.

- Puta que me pariu - disse Marquito Açafrão - ela tá vindo.

Debandada geral para a sinuca dos fundos.

Lúcio Peregrino tinha fechado o nóti e entregue para o Portuga esconder sob o móvel do caixa. No caminho para a sinuca dos fundos, disse: "Pior que não sabe nem chupar". 

O Contralouco, o ouvido de lobo da turma, ouviu o cochicho de lá de longe, antes de dar a tacada de abertura, e perguntou alto ao Lúcio: - Como é que tu sabe?

Silenciou o bar, Lúcio remendou: - Ah, sei lá, alguém falou no Mercado Público certa vez...

Não adiantou fugirem, ela foi atrás, pegou 30 boêmios encerrados em torno das 3 mesas de sinuca, muitos encostados no balcão. E nada de falar em sexo. Logo os  empinantes descobriram que ela estava encostada na Prefeitura, de aspona. Souberam também que o argentino sem-vergonha que a usou caiu fora. Ela, encantada com as próprias besteiras, a fazer propaganda do vale-cabaré, seu projeto para, com cartão magnético, o povinho esfaimado assistir shows de sexo ao vivo. Enfim, chegou na dela, o sexo.

E não parava de falar.

Ninguém deu a mínima, mas ela conseguiu. De tanto que falou merda, a turma pegou o espírito da coisa, mesmo de costas, quem corre menos ali voa.

Ela queria o seguinte:

Pausa, acabamos de receber as obras escolhidas pela turma. Esta história da Marta Suplício conto direitinho outro dia. 

Às obras.

Mário, da Tribuna de Minas (Belo Horizonte, MG). Jezebel do Cpers tomou a palavra defendendo a obra, com fortes argumentos, um deles é que "A imagem me traz à memória um certo elemento... hummm, quanta coincidência, parece que foi político, antes de sair se fresqueando mundo afora". Disse outra coisa, que trocamos por "se fresqueando". Ô palavreado, hein, doutora?





A seguinte foi defendida por Aristarco de Serraria: "Belíssima obra. Pois é assim: os políticos metem a mão, a previdência dá preju e a bomba estoura no colo do povo. Se depender dos renans da vida o sujeito só conseguiria se aposentar com a morte". Com o Amarildo, da Gazeta Online (Vitória, ES).




Carlinhos Adeva estava enlouquecido. Ex-simpatizante e ex-eleitor da Marina, descobriu que, além do ricaço que sustentou a campanha passada, ela agora também conta com o apoio da maior casa de agiotagem do país, esta que já alimenta os cofres dos partidos tradicionais, como o PT, PMDB e PSDB. "Se não é esquerda nem direita, então essa bosta é como os tradicionais, isto é, nada a não ser um amontoado de interesseiros". Com o Miguel, do Jornal do Commercio (Recife, PE).



Esta dos cuequeiros e mensaleiros hostilizarem a cubana detonou a paciência de todos, deu unanimidade na obra do Thomate, de A Cidade (Ribeirão Preto, SP).



Leilinha Ferro, a coordenadora da coluna, não deu explicações e ficou com as suas duas.

Repetiu um artista já escolhido pelos boêmios: Miguel, do Jornal do Commercio.



E com o Nani. Ao ver a escolha da menina, o Contralouco não se conteve: "Seu eu pego um cara desses...".



 A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos meses se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.

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