miércoles, 31 de julio de 2013

Em Roma com Francisco, n'A Charge do Dias

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Bom tarde, trilhões de amigos. Desde Gatumba (olhaí uma sugestão de nome, quando decidirem rebatizar Brasília), aqui no Burundi, recebi dezenas de e-mails cumprimentando o blog pela melhoria dos temas e pela qualidade do redator, visto que antes estava uma porcaria. 

Grato, o redator foi Luciano Peregrino, com o auxílio técnico de Leilinha Ferro, que substituíram o titular - este que vos fala, o das porcarias - direto do palco dos acontecimentos de Porto Alegre, isto é, do Botequim do Terguino. Ressalva, o boêmio, que quem ensaiou dar em cima da Marisa Monte foi o violeiro Cícero do Pinho, lá pelo quinto uísque. De nossa parte, no fim de semana tomamos um fogo daqueles em Copacabana, oportunidade em que deixei os últimos rabiscos neste espaço, possivelmente falando mal de Deus e todo mundo. Bem, de Deus creio que não, pelo que viria a seguir.

Domingo à noite já estávamos em outro espaço, pois pegamos uma carona do Francisco até a Itália. Esses nós de cremos e estávamos dão-se porque eu estava acompanhado de Carlito Dulcemano e Juanito Matabanquero, não gosto de viajar solito. Bem, o que bebe esse argentino, e o que conhece de piadas de padres, sai da frente. Lembram daquela da gostosa que pede carona ao padre que vem de bicicleta? Lembram sim: o padre responde senta aqui no varão, minha filha. Lá pelas tantas a oferecida diz, padre, notou que eu estou sem calcinha, ao que ele responde e você notou que a bicicleta não tem varão? Bah, rimos muito até das piadas velhas.

Descemos em Roma nos encostando uns aos outros para manter o equilíbrio. Tomamos as últimas em seus aposentos, ele abriu o que parecia ser um roupeiro e quase caí para trás, era a entrada para o que chamou de "minha pequena adega". Só de vinhos de Mendoza tinha umas mil garrafas. Tomamos umas cinco, cada um, com queijos e salames cortados numa tábua, e seguimos viagem, depois de muitos brindes de despedida, ele nos advertindo para tomarmos cuidado com a horda de tarados à saída. Só hoje a ressaca começa a ceder, com chás e frutos da terra.

Bem, segundo Luciano, o assunto dominante no bar segue sendo a condenação do soldado Manning. O rapaz foi acusado de alertar a Al Qaeda de que estava sendo caçada pelos americanos. Muito justo, ninguém sabia, nem a Al Qaeda, que estava sendo caçada. Boa parte do mundo democrático dos Estados Unidos respirou aliviada, o jovem escapou da pior acusação, que poderia resultar em prisão perpétua. Pelos demais "crimes" pode pegar 130 anos de cadeia, de novo justíssimo, é bem melhor que a perpétua, pois sabe-se que ele pretende viver muito, a conta é simples: tem 25 anos, cumpre 130 e sai com 155, vivendo até os 180 já estará de bom tamanho. Com essa o Snowden vai querer voltar correndo para ser julgado.

Conta também que o Gilberto Carvalho Voador disse que as emendas parlamentares não são "toma lá, dá cá", ao liberar emendas de 2 bi ao velho soneto. O sábio diz também que é mentira que os políticos são corruptos. Obviamente, quem seria o mal-intencionado que iria pensar diferente? Por causa de gente sincera como o Carvalho Voador é que o Brasil segue em frente, em ritmo de crescimento galopante e sem aquelas coisas de dinheiro em cueca que ocorrem aqui no Burundi.

O Contralouco segue o mesmo: ontem viajou para o Rio de Janeiro, visitar uma prima. Entrou no avião com uma faixa de "Ei, seu Delta Guardanapo, onde está o Amarildo?", pelo que foi ovacionado por passageiros e tripulantes, os últimos depois descolaram umas cervejinhas por conta do comandante. Já chegado, mal se instalou num boteco da Gustavo Sampaio (disse: daqui vejo a estátua do Ary Barroso) e já queria voltar, por telefone disse ao Aristarco que estava louco de peninha dos médicos de Porto Alegre, que estão em greve protestando pelos seus direitos, ameaçou chorar pela classe tão sofrida. 

Melhor que fique lá, disse depois Aristarco aos companheiros, aqui periga querer jogar uns molotovs no movimento. O mais provável é que se emborrache e acabe entrando num avião para a Polákia, atrás de uma morena que conheceu pela internet, ele afirma que fala e entende tudo em polakês, só por gestos (costuma fazer aquele gesto significativo, de crã). Antes disso falou que é certo que à tardinha estará na Cinelândia, se o negócio feder não perde por nada deste mundo a oportunidade de trocar carinhos com os meganhas do Guardanapo.

No mais, justa ou injustamente, os colorados do bar - todos os empinantes, exceto um dos donos, o Portuga - enfim se convenceram da falência da Segurança Pública em Porto Alegre. Chupim da Tristeza: - GreNal sem a torcida visitante, no belo estádio do Grêmio, com as autoridades assumindo que são incapazes e os bandidos podem tudo, francamente, é o fim, e estímulo à meia-dúzia de baderneiros, penalizando a maior torcida do Rio Grande do Sul, a nossa. 

Jucão da Maresia revidou: - Se fosse para proteger políticos de protestos aí eles teriam condições de dar segurança. 

Bem, hoje estou com pressa, não vim à Gatumba a passeio, então vamos logo às obras enviadas pelos amigos.

Nani.



Por falar no superlativo sintético de horrível, o Aroeira.



Ikenga.



Miss Leilinha ficou com o Regi. Disse ela: - No bar todos assinaram, ao menos será mais uma voz a se contrapor à roubalheira.




A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que.., bem..., se fundiram  no ano passado (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.

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