Exorbitante

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Desde o frio de Buenos Ayres, o multiarticulado poeta e pensador Alex Moraes enriquece o blog, aquecendo Porto Alegre à temperatura do seu fogoso coração.

não me foi dada nenhuma originalidade
não sou único
não surpreendo sozinho
tropeço entre análises
inconclusas
se bem que.

auto-análises
confusas, despencadas por
falta de nexo e parâmetro
à espera da batuta alheia,
não a de cualquiera,
sim a de quem escuta
a partir do arraigo
minha profusão de banalidades

não posso ser crítico
assim, quietinho,
na minha
sem a batuta essa
que enraíza a torpeza
numa ontologia vivaz.

desorbitado, petulante,
exorbitante, pretensioso
o que eu quero mesmo é
pensar-me através de todos
é salvar-me através de todos
(ou morrer nas suas mãos)

quero que as assembleias gerais
de estudantes e trabalhadores
modulem minhas sinapses
me infundam razão

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