miércoles, 3 de octubre de 2012

O pai da criança, n'A Charge do Dias

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Repassando as notícias no notibuc, Lúcio Peregrino começou com a suspeita de uso da máquina pública nas eleições de Porto Alegre. Ele mesmo comentou:

- O jornal fala em "suspeita", mas tem até gravação dos caras da Prefeitura oferecendo o asfaltamento de uma rua em troca de votos.

- Grande novidade, é assim em todo lugar, e não vai dar em nada, pode pular pra outra, falou o Contralouco.

- Nisso de suspeita essas drogas de jornais são todos assim, os otários rezam pela cartilha do politicamente corretíssimo: o suposto assassino, supostamente diante de supostas 40 testemunhas e sendo supostamente captado por supostas câmeras de vigilância, deu vinte supostas facadas no suposto deputado que supostamente havia roubado suas supostas ilusões. Ora, suposto, suposto um caralho!, reclamou Clóvis Baixo.

- Esse teu suposto assassino aí merece um busto em praça pública, disse Tigran Gdanski.

- Pra gente aqui não muda nada mesmo, se derrubarem o Fortunati. Sai o roto pra entrar o esfarrapado, ou esfarrapada - disse Jezebel, desesperançada com o seu PSTU -, vamos ver se ao menos elegemos um vereador pra sentar a pua nos bandidos.

- Tou na dúvida entre o Júlio Flores e a Vera Guasso, gostaria de poder votar nos dois, disse Jussara do Moscão.

- Bem, gente, essa da prefa é a principal notícia, o resto é o de sempre: os bancos assaltando o povo numa boa, a polícia atirando nos caras que tentam assaltar os bancos, as pesquisas torcendo para o lado que lhes paga, acidentes... Mas pera aí, neste momento o ministro Joaquim Barbosa começa a fincar na cadeia o José Dirceu, tá ao vivo na TV Justiça.

- Tomara que pegue cem anos, disse Chupim da Tristeza.

- Vai pegar nada. Podem até condenar, mas cadeia que é bom, "jamé, never, nunquinhas", disse o Clóvis Baixo.

E partiram para o buquiméqui dos votos dos juízes do Supremo, com as duas opções: condena ou absolve. Quem fizer mais pontos leva o bolo. Nos votos do Complikowski e do Toffoli todo mundo cravou absolve, até o Gustavo Moscão, que riu e exclamou:

- Posso ser Moscão, mas nem tanto...

Em seguida escolheram as obras do dia. Ficaram com o Nani. Ultimamente só da Nani.



E com o Clayton, de O Povo (Fortaleza, CE).




A senhorita Leila Ferro escolheu a obra do Boopo, da Tribuna de Amparo (Amparo, SP).




(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema bancário, ou agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro)

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