sábado, 2 de marzo de 2013

Camerlengo do Vaticano recusa bundas nacionais, n'A Charge do Dias

.a
Notícias do Notibuc!, anuncia Lúcio Peregrino, e enche o pé:

- Lula anuncia que vai abandonar Maluf, tem o pau muito pequeno e uma bunda muito fodida, cabe o braço.

O Contralouco, inocente de índole, mas espantosamente rápido de raciocínio, responde em cima, sem pestanejar:

- Bucho por bucho eu ficaria com a Rose, que Deus me perdoe comer aquilo.

Nesse meio tempo, Terguino diz para a Leilinha ir para casa levar as compras da sua mãe.

A turma cala, leva um tempinho para se recuperar da surpresa. Porém, logo que Leila sai, Clóvis Baixo replica:

- Achei que era porque ladrão demais não se entende na hora de dividir.

Jezebel do Cpers reclama:

- Ah, fala sério, Lúcio. Esses animais são protegidos até pela máfia chinesa, que está comprando o Brasil. Tire esses bichos deste bar, e cuida o nível do verbo, acabaste de expulsar a Leila. Esquece Lula, Dirceu, essa turma, eles passarão, hão de morrer logo. 

Exclamações de júbilo no botequim pela citação, todos erguem os copos: "Hão de morrer logo!".

Lúcio vai em frente.

- Agora falando sério: Papa Bentão da Inquisição foi chantageado no puteiro Vaticano, descobriram que ele comia crianças nos seus 30 a 60 anos. Dava também, mas chupava mal por causa dos implantes dos dentes. O cu, ã, desculpe, o ânus do elemento tá igual ao do cantor Agnaldo Tim, que para segurar as beiras das carnes espatifadas precisou implantar uma roda de titânio.

Jezebel do Cpers se levanta: 

- Vou até a costureira ali adiante e não demoro, mas vê se pára com o abuso, muda o verbo, assim fica desagradável, Lúcio.

- Pombas, vê aí a programação dos teatros menores, que são maiores, não furúnculo da ordem secular, esta merda de São Pedro de Porto Alegre -, reclama Nicolau Gaiola.

- Putz, é difícil agradar, mas me dêem um tempo, pessoal, o âncora sou eu -, diz Lúcio, e continua: 

- Mas vamos em frente. Atenção, cultura! A Igreja é dona de uma grande editora alemã, que só publica livros especiais. Os títulos mais amenos são "Me chama de puta" e "O gozo estrangulado". O mais vendido é fininho, um conto chamado "Acaba na minha cara", sobre um arcebispo que pela madrugada arrecadava rufiões e miseráveis nas vielas de Roma, de vinte para cima, para se masturbarem e ejacularem em seu rosto. Isso me traz à memória a coleção que os velhos de certa Cúria de certa capital mantém, em capa d'ouro, todas as historinhas do nosso fantástico Carlos Zéfiro.

(Oba, que bela lembrança, sou obrigado a meter a colher: tem matéria neste blog, agora a terceira mais acessada, milhares de acessos, a respeito do sensacional Carlos Zéfiro, AQUI)

Jussara do Moscão se intromete, aflita:

- Gente, pelo amor de Deus; Lúcio, ajude: Chega dessas desgraças, você está podre de bêbedo.

- Isso, de porcaria por hoje deu, tenho pavor desses viados de batina -, diz Chupim da Tristeza, pelo jeitão longe do seu dinheiro.

Lúcio estava encapetado, bebendo desde às 4 da tarde, mas o boêmio é sereno, compreensivo. Passou para notícias outras:

- José Dirceu e Antonio Palotti vão de muda para o Vaticano, para se fecharem em apartamentos de hotel com alguns cardeais, cuecas recheadas de grana. No caminho para  a suruba Dirceu torcia, sonhava, em encontrar um comerciante comedor de meninas de prostíbulos, chegado a dinheiro roubado, se pagar vira vice-presidente, digo, vice-papa. Um padreco assessor se liga na bunda melosa do Palotti, gostou dos bigodinhos de gato gordo. Do Dirceu o Bertone disse não como esse merda nem bêbedo. O decente camerlengo tenta bater uma punheta nos seus aposentos, mas não consegue nem com reza, aos 82 só levando vara para o bicho se mexer, e ainda assim em sonhos. Tudo acabará numa festança na Capela Sistina, com os padrecos cheios de notas de cem dólares enfiadas nas ligas das meias pretas, debaixo vindo os urros dos torturados.

- Eu desisto, tem gente que bebe, ora vir falar de enrustidos infelizes, puta que pariu, é sexta-feira, droga, dia de relaxar, pára com a mentiralha -, diz Nicolau, e sai para os fundos do bar, assistir a sinuca. 

Ao contrário do Nicolau, muitos vieram da sinuca, atraídos pelas boas novas, e vibravam a cada palavra do Lúcio. Mas logo contaram o que se passava nos fundos.

Na sinuca tinha um jogo de Vida na mesa 1, a 50 reais a vida e 10 a matada, com direito a entrada, o bolo já em 5 mil. Não permitiram que o Contralouco participasse, é covardia, mas Wilson Schu ainda lutava, com uma das suas vidas ainda virgem. Os demais jogadores são apenas conhecidos de longe, a torcida é pelo Schu, putz, cinco paus, mas ninguém demonstra, dureza, malandro, para não dar azar.

Em pouco só sobraram nas três mesas do centro do botequim os boêmios Aristarco de Serraria, Carlinhos Adeva e Contralouco. Zilá saiu antes, conversar lá na calçada com Silvana, Jussara e umas visitantes, assuntos de professoras. Cada um na sua, compreensivos com Lúcio, que de fato estava para lá de Bagdá.

Quando "Lucinho das Putiangas" ia reiniciar, Aristarco de Serraria encerrou o papo:

- Chega, Lúcio. Vamos chamar o pessoal, a Leila não deve demorar a chegar, precisamos escolher as charges.

Nisso veio o alarido lá do fundo. Schu limpou a mesa, por último atirando de seca no canto a bola seis, estourou na caçapa, e a bendita cor-de-rosa lhe deu a Vida.

Cinco paus e duzentos, há muito não se via parada chegando a tanto nas Vidas do botequim. É hoje. Schu largou o taco e no caminho para as mesas dos boêmios gritou:

- Vai abrindo as champanhes, companheiro Terguino, hoje é por minha conta!



Ficaram com o Zé Dassilva, do Diário Catarinense (Florianópolis, SC).

Oba, estamos em Floripa, a palafita com muitos, de modo que é um prazer a escolha dos amigos. 




E com o Boopo, da Tribuna de Amparo (Amparo, SP). 




Contralouco defendeu a escolha que segue, ofertando-a "aos pobres de espírito que não trabalham (ele diz que precisam pegar numa enxada), nem têm amor, namorada simples, com pudor, de passear de mão em paz; aos cobertos de erros que as perderam, as namoradas, e que andam atrás de 11 merdas que ganham milhões às suas custas". Oigalê!

A contragosto, atendemos ao pedido do amigo, que insistiu para que Leila escrevesse e nos mandasse com as palavras exatas a parte final da sua fala:

- Se fosse um filhinho meu, eu iria a São Paulo. Sem polícia. Levaria dez anos, mas os pegaria, um por um, a solas. Seus tarados impotentes! É para toda a torcida aquela chefiada por brutamontes que têm tatuagens até no cu. Sozinhos, diante do buraco de um silenciador, não seriam assim tão valentes.

Ouviram-se muitas reclamações, a começar pela generalização, pois a nação corintiana é parte do Brasil, onde 99,99% da população é gente fina e uma meia-dúzia de gatos pingados são ruins e ganham as manchetes.

Com o Fausto, do Jornal Olho Vivo (Guarulhos, SP).





E com a perspicácia do DUM (Hoje em Dia), que não perde nada. Os boêmios também viram a enojante contradição, e riram, fazer o quê?, nós que somos do "profeta" Valdomiro, que Deus me perdoe citar esse elemento neste blog familiar. T'esconjuro! Desaloja! 

Durante a escolha Lúcio fechou-se em copas, toda a cidade sabe que seu nome é Lúcio Peregrino (à tarde peregrina por certos lugares à cata de putiangas de políticos, e à noite cai na esbórnia para gastar os presentes recebidos durante o dia). Ele não viu como ser vinculado à obra do artista mineiro.





Leilinha não voltou. Telefonou  e disse à Jezebel que manda as suas mais tarde.


Y así pasan los dias.


 A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos meses se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.

No hay comentarios.:

Publicar un comentario