lunes, 2 de enero de 2012

Adolfo Dias no Oitavo Círculo do Inferno, n'A charge do Dias

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Já no dia 2, uma notícia pouco animadora. Adolfo Dias Savchenko, desde Córdoba (AR) pede licença do cargo de coordenador da coluna. Ficamos atarantados, logo o Adolfo. Ponderamos: "O estômago está lhe faltando, nobre mestre?". Ele desconversa, mas depois de novas ponderações conta uma das razões que o levaram a uma decisão assim extrema.

Na madrugada de Ano Novo tive um pesadelo terrível: minh'alma pairava sobre o quinto fosso do Oitavo Círculo do Inferno, e eu via claramente dois personagens da minha palestra de fim de ano (a célebre palestra "A Torpeza"), proferida aos boêmios no Beco do Oitavo. As brasas saltando em explosões das rubras paredes do fosso, e os dois farsantes, já muito queimados, lá atolados em piche fervente, olhos fora das órbitas. Em torno, os demônios pululavam, enlouquecidos de prazer. Um dos caras berrava: "Dilma, eu te amo!". O outro, que antes dizia nada temer, chorava desesperadamente por entre seus próprios gritos de pavor, morto de medo. De chofre sentei na cama, suado, trêmulo. Senti como um aviso, Salito, preciso parar por um tempo.

Diante da força de tal argumento, só nos restou aceitar o pedido de licença. Descanse, Adolfo. Beba bastante. Aguardamos o teu retorno, quando e se quiser, o lugar será sempre teu.

Os boêmios ficaram atirando a responsabilidade uns para os ombros dos outros, ninguém quis abraçar o pepino. Diante do impasse, adivinhem quem interveio e se candidatou? Contrariando o Barão "Aparício" de Itararé, do "De onde menos se espera, dali mesmo é que não sai nada", foi a menina Leila Ferro que assumiu interinamente, quem diria. Seu pai, o Terguino, permitiu sob algumas condições. De nossa parte, fizemos apenas uma recomendação: jamais coloque o coração no trabalho, Leiloca, é um perigo, faz mal a qualquer um, de coordenadores de colunas a presidentes.

E já sob a sua coordenação, temos as obras de hoje.

O Botequim do Terguino escolheu a obra do Sinfrônio, do Diário do Nordeste (Fortaleza, CE).



Pelo Beco do Oitavo, o Zop.


E a própria Leiloquinha, que só pode ser meio "loquinha" mesmo para abraçar a tarefa da coordenação, veio com o Aroeira, de O Dia (Rio, RJ). Nova na função, junto ela enviou um recado: "Tio Salito, sei que a alusão é proutra coisa, mas fiquei pensando no Código Florestal".
Também fiquei, Leiloca, também fiquei.




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