Lindomar Cabral (21/1/1940, Rio Verde, GO), boêmio da pesada, sincero e amoroso, hoje cumpre aniversário.
Um grande cantor. Temos na palafita a sua gravação de Solo Si Eres Tu em versão como "Só pode ser você", antológica. Doce, sensibilíssima interpretação.
Lindomar começou muito bem, talentoso pacas. Tentem ouvir Solo Si Eres Tu, depois outros boleros maravilhosos.
Um dia, sabe-se lá que diabos se deu, ele caiu em música de puteiro, o nível desceu, tradição goiana, com todo o respeito. Apaixonado de um modo inesperado, rude, certamente. Lembramos o que aconteceu com a sua vida: uma noite saiu do sério num cabaré e deu mais de um tiro numa senhora, sua ex-mulher. A bem da verdade, deu cinco tiros em direção ao palco onde a moça cantava, um a pegou. Outro acertou seu primo, não sabemos ao certo como, o Jornal do Brasil e outros jornais da elite assaltante do povo, ao condená-lo antecipadamente, como se fosse um assassino em série, disseram que em luta corporal a arma foi disparada e seu primo, que era o novo amante, sobreviveu. Uma besteira, imagine, perder a cabeça só porque o primo é amante da ex-esposa recém-separada, sabe-se lá como e quando começou. Besteira mesmo, quando não é com a gente.
Besteira que a imprensa dos ricaços psicopatas esquece, não usa termos chulos para insultar a pessoa que caiu em desgraça, quando o envolvido é um dos seus - elite - como um assassino frio, diretor do Estadão, que mata uma menina covardemente à luz do dia, sem o benefício da longa noite de tristeza, pelas costas, e fica mais de uma década impune. Lindomar teve mais sorte que juízo, ou apontou bem, não sabemos nem queremos saber, mas não atingiu outros músicos e auxiliares de palco, que nada tinham a ver. E daquela boate saiu preso, no ato, sem ninguém que mexesse em cordas de poder para livrá-lo, o que está certo. Errei, pago.
A justiça dos homens o julgou.
Lindomar começou muito bem, talentoso pacas. Tentem ouvir Solo Si Eres Tu, depois outros boleros maravilhosos.
Um dia, sabe-se lá que diabos se deu, ele caiu em música de puteiro, o nível desceu, tradição goiana, com todo o respeito. Apaixonado de um modo inesperado, rude, certamente. Lembramos o que aconteceu com a sua vida: uma noite saiu do sério num cabaré e deu mais de um tiro numa senhora, sua ex-mulher. A bem da verdade, deu cinco tiros em direção ao palco onde a moça cantava, um a pegou. Outro acertou seu primo, não sabemos ao certo como, o Jornal do Brasil e outros jornais da elite assaltante do povo, ao condená-lo antecipadamente, como se fosse um assassino em série, disseram que em luta corporal a arma foi disparada e seu primo, que era o novo amante, sobreviveu. Uma besteira, imagine, perder a cabeça só porque o primo é amante da ex-esposa recém-separada, sabe-se lá como e quando começou. Besteira mesmo, quando não é com a gente.
Besteira que a imprensa dos ricaços psicopatas esquece, não usa termos chulos para insultar a pessoa que caiu em desgraça, quando o envolvido é um dos seus - elite - como um assassino frio, diretor do Estadão, que mata uma menina covardemente à luz do dia, sem o benefício da longa noite de tristeza, pelas costas, e fica mais de uma década impune. Lindomar teve mais sorte que juízo, ou apontou bem, não sabemos nem queremos saber, mas não atingiu outros músicos e auxiliares de palco, que nada tinham a ver. E daquela boate saiu preso, no ato, sem ninguém que mexesse em cordas de poder para livrá-lo, o que está certo. Errei, pago.
A justiça dos homens o julgou.
O Dicionário Cravo Albin, sempre cioso em revelar certos detalhes da vida dos artistas, alguns escabrosos, no caso do Lindomar fez bem diferente:
Em 1963, foi convidado por Palmeira (Diogo Mulero), então diretor do selo Continental, para gravar um disco. A troca de Cabral por Castilho foi sugerida por Palmeira, e no fim do mesmo ano lançaria o seu primeiro disco: "Canções que não se esquecem", no qual interpretava sucessos de Vicente Celestino. Foi nesse período que gravou também a sua primeira composição, "Aleluia ao amor". É ainda dessa fase um dos seus maiores sucessos como intérprete, "Ébrio de amor", de Palmeira e Ramoncito Gomes. Já pela RCA Victor e visando ao mercado latino-americano, gravou várias músicas em espanhol tais como "Alma, corazón y vida", "Mamaracho" e "Corazón vagabundo", além do LP "Eres loca de verdad", o que o levou a fazer uma série de shows pela América Latina, ganhando o epíteto El Nuevo Ídolo de las Américas. Pelo mesmo selo lançou também "O filho do povo" e "O incomparável Lindomar Castilho". Teve como seu maior parceiro Ronaldo Adriano.
Com 27 LPs gravados, sendo grande vendedor de discos e considerado o Rei do Bolero, apresentava-se constantemente em rádios e na televisão até que em 30 de março de 1981, no Café Belle Époque, no bairro paulistano do Jardim América, assassinou a tiros sua ex-mulher, Eliane Grammont, e tentou matar seu próprio primo, Carlos Randal, então namorado dela. Preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão, em 1988 teve liberdade condicional decretada por bom comportamento. Após longo afastamento, retornou ao cenário musical em 2000, quando lançou pela Sony o CD "Lindomar Castilho ao vivo". De acordo com ele, só voltou a cantar devido aos pedidos da filha. Em 2009, teve a sua música "Camas separadas" (c/ Ronaldo Adriano) gravada pelo cantor Léo Magalhães, no CD/DVD "Léo magalhães - Ao vivo em Goiânia".
Quem escreveu isso que grifamos merece ir para a cadeia. O "assassinou", ele sabe, do modo que escreveu, supõe uma pessoa matar outra pessoa sem liberdade de movimentos, friamente., amarrada talvez. O "próprio", antes do primo, chega a ser ridículo, um falso moralismo com o evidente intuito de denegrir o ser humano. Próprio ou impróprio, cara-pálida, o que isso tem a ver com o peixe?
Como muito visitamos presídios, ante a inoperância do sistema oficial, e como muito vimos tiros e mortes, aqui não julgamos nem subscrevemos julgamento algum, muito menos absolvemos. Firmes somos, apenas, a vida nos ensinou desde cedo, é de que ninguém erra sozinho.
Como muito visitamos presídios, ante a inoperância do sistema oficial, e como muito vimos tiros e mortes, aqui não julgamos nem subscrevemos julgamento algum, muito menos absolvemos. Firmes somos, apenas, a vida nos ensinou desde cedo, é de que ninguém erra sozinho.
Desejamos paz e coragem ao grande cantor, que teve sua ruína de vida, e de vida alheia, num momento de desatino. Se existe, que Deus o julgue. Os homens já o puniram, autos à frente.
Aqui com o clássico de Armando Manzanero, Esta tarde vi llover, acompanhado da cantante Carmem Silva.
Aqui com o clássico de Armando Manzanero, Esta tarde vi llover, acompanhado da cantante Carmem Silva.
Feliz Aniversário, Lindomar!
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