martes, 3 de enero de 2012

Jards Macalé

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Não sei exatamente o que foi, mas acordei sobressaltado depois de uma hora de sono. Não sonhei com nada, se sonhei não lembro. Antes de dormir recordo que muito pensei em Dolores, que agora não está iluminando a palafita, mas virá amanhã.

Só sei que acordei com Jards Macalé rodando pela cabeça, vim escabelado de travesseiro direto ao som e procurei-o.

Eu era um bugre desinformado pior que hoje, mal sabia de nada, mas adorava música, todas, de óperas, passando por Mario Zan e indo a tudo quanto sensibilizasse o meu pobre coração, quando conheci Jards Macalé.

O conheci pela tevê educativa, em preto e branco, alguém falando que Jards tinha remexido, com autorização da família, obviamente, nas gavetas de Lupicínio Rodrigues e descolado Sozinha, inédita. Ou sonhei isso na meninice, que já era mocidade, sei lá, de repente o remexedor foi outro cara. Ei, Jards, bebi demais naqueles tempos de conhaque vagabo e sonhei com isso?, me diz, pombas. Alguém me diga.

No blog, há uma postagem em que falo do Jards (Jards Anet da Silva, 3/3/1943, Rio de Janeiro, RJ), um textinho deste tamanhinho, sem capricho, recordando Waly Salomão. Aliás, a postagem que me deu um susto, a mais acessada aqui, disparadamente mais acessada (aprendi outro dia a ver as medidas), Aqui. Muito estranho, pois em alguns outros textos andei caprichando. Emocionei-me forte ao falar de Gade ao final do texto De bailes e ciúmes, e quando pretendia encerrar o blog mal iniciado uma carta de uma desconhecida foi decisiva. Passei a escrever para mim, alguém haveria de gostar. De maio de 2011 para cá, os acessos deste bloguinho saltaram de 2.000 para 520.000. Amigos e amigas.

Pois hoje, para acalmar meu coração, vai a mesma música aquela. Contigo, querido Jards.

Feliz Ano Novo. Saúde!







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