.
Lúcio Peregrino, nótibuc à frente: "O ministro Guido Manteiga diz que a economia está em pleno...".
Mr. Hyde, com a sua voz de trovão: "Lúcio, desculpe, mas não quero saber o que esse elemento disse".
Lúcio: "Tá bom. Então deixa ver...: Dilma pede voto para Eduardo Paes no Rio de...".
Mr. Hyde: "Lúcio, você não entendeu. Estou cagando e andando se ela dá ou deixa de dar apoio a esse Paespalhão. Enchi dessa mentiralha toda, dessas negociatas de poder para encher os bolsos dos mesmos".
Clóvis Baixo, servindo os copos de cerveja: "É isso, vê se tem aí notícias mais abrangentes...".
Lúcio, depois de suspirar fundo: "Bem... o mundo islâmico se levanta contra os Estados Unidos. Já mataram um embaixador, agora é quebra-quebra generalizado em todas as grandes cidades, Cairo, Beirute, Túnis, Cartum, até em Dhaka, em Bangladesch, e na Caxemira, mamma mia, Chennai, na Índia... acabam de incendiar uma loja de uma rede de lancherias ianque em Trípoli...".
Mr. Hyde: "Enfim uma boa notícia, quebraram o McGraxas?"
Lúcio: "Não é do McGraxas, uma pena". Depois vê o Contralouco em atitude suspeita lá na calçada e diz aos amigos: "Peguem aqui o nóti, leiam vocês mesmos, vou lá na frente um instantinho".
O Contralouco, de camiseta do Boca Juniors e latinha de cerveja na mão, não percebe a aproximação do Lúcio e segue em sua lida.
Passa uma coroa, salto alto, toda pintada, parecida com a Marta Suplicy em 1990, mas sem botox, e ele diz: "Olá, gostosa, quanto tu me paga pra fazer um amorzinho ali no metel?".
Lúcio, chegando: "Pirou, cara, quer acabar preso?".
A mulher, que ameaçava parar, ao ouvir o Lúcio segue o seu caminho.
Contralouco: "Viu o que tu fez? Assustou a tianga! Ora vá atrapalhar a vida de outro".
Lúcio: "Mas tu tá louco, isso são modos de falar com uma dama?".
Aparece uma morenaça e o Contralouco ignora a presença do Lúcio, se adiantando, sorriso aberto: "Olá, gostosa, a tua presença ilumina o famoso Beco do Oitavo, quanto tu me paga para um amorzinho febril lá em casa?". A mulher diminui o passo, o Contralouco a alcança e seguem conversando.
Lúcio volta para dentro do bar: "Não é o Contra que é louco, é o mundo, meus irmãos!".
A turma lia o desenrolar dos protestos mundiais contra o filme ofensivo ao profeta Maomé. Mr. Hyde respondeu: "E que mundo, meu amigo, que mundo... O Contralouco é um doce. Aqui no Brasil é proibido insultar as crenças alheias, nos Estados Unidos parece que não".
E assim, sem o Contralouco e outros tantos companheiros, logo partiram para a escolha das obras do dia. À noite haverá cantoria no Botequim, aí virão as reclamações por não tê-los esperado.
Os empinantes ficaram com a obra do Pelicano, do Bom Dia (São Paulo, SP). Segundo o nobre artista, o JD entrou na fase de aceitação.
E com a obra do Newton Silva, que a batizou de "O ataque dos vermes". Aqui Marquito Açafrão observou que "É bem melhor ter o Contralouco como conquistador de porta de bar do que vê-lo planejando explodir os carros de som dos políticos". Mr. Hyde replicou: "Não estou bem certo disso".
A senhorita Leila Ferro, coordenadora da coluna, ficou com o Ikenga.
No hay comentarios.:
Publicar un comentario