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Sábado gris em Porto Alegre, temperatura de 18 graus. Aos poucos o veranico de maio dá sinais de que está se despedindo. Como sabem os butequeiros, dias assim provocam sensações de calma, união, cumplicidade, recordações, uma felicidade diferente. Marquito Açafrão vai até a porta, espia o céu fechado e volta sentenciando: vai chover. Em outras palavras, nada de churrasco na rua, se o tempo não abrir.
"Em homenagem à chuva, hoje vou de caipirinha de vodka", diz Lúcio Peregrino. Os outros decidem acompanhá-lo. O portuga do Beco do Oitavo começa a cortar os limões para doze.
"Que chuva coisa nenhuma, daqui a pouco vai abrir um bruto solão", discorda João da Noite.
"Que chuva coisa nenhuma, daqui a pouco vai abrir um bruto solão", discorda João da Noite.
Alguém comenta o desaparecimento do Contralouco, na última vez que o viram ele saiu dizendo que iria pesquisar a vida pregressa do advogado do Cachoeira.
"Morrer não morreu, que isso é notícia que corre ligeiro, deve estar ainda pesquisando, deve dar um livro...", diz o Marquito.
E o assunto estava posto.
Empolgados, os boêmios comentam o que disse o Alceu Valença, sobre o advogado Márcio Thomaz Bastos (que o Jorge Braga chama de Márcio Tô Mais Abastado). O Alceu falou que não é uma prática moral e ética arrancar os 15 milhões do Cachoeira, porque é dinheiro que vem de trambiques e do arrombamento de cofres públicos.
"Grande Alceu!, soltou os cachorros no cara", diz Tigran Gdanski.
"Mas é bem isso, o larápio rouba da gente e a grana vai acabar no bolso do advogado", ruge Mr. Hyde.
"De quebra, cheio de influências como é, periga livrar a cara do bandido. Vocês não viram?, ele lá na CPI, mandando o Cachoeira ficar de bico fechado, ao lado do bandido, e os deputados só faltando lhe oferecer a bunda", engrossa Gustavo Moscão.
Mandaram um abraço para o Alceu Valença e escolheram a obra do Casso, do Diário do Pará (Belém, PA).
No Botequim do Terguino os empinantes fecharam com o Nani. E há quem não creia em transmissão de pensamento.
Leilinha Ferro, verde como só, ouviu bem o que disse o diretor da Fundação S. O. S. Mata Atlântica, Mário Mantovani, sobre os vetos ao Código dos Monstros da Motossera: "Os cortes apresentados pela presidente não atendem aos princípios elementares de sustentabilidade socioambiental e vão na contramão dos anseios da sociedade".
Mas ela disse que vai esperar a publicação de tudinho, antes de se manifestar.
Pelo sim, pelo não, ficou com o Dálcio, do Correio Popular (São Paulo, SP).
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