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No Beco do Oitavo, chimarrão circulando, os boêmios discutem a Poupança. Não gostaram nadinha dessa história de mexer na remuneração.
Mr. Hyde é um dos mais excitados, pois possui todas as suas economias numa conta de poupança da CEF: "Puta que pariu, os bancos mal começaram a reduzir as taxas para empréstimo a pessoas físicas, e já falam em mexer na poupança". Tigran Gdanski acrescenta: "É, falam em alterar critérios, mas até as pedras sabem que isso quer dizer diminuir o rendimento, que já é miserável".
Lúcio Peregrino faz umas contas no guardanapo de papel e liquida o assunto: "É, os bancos baixam o juro do cheque especial para 8,8% ao mês, e para compensar vão diminuir a poupança para 0,4%, quer dizer, um otário deixa a grana lá e no mesmo instante o banco empresta a outro otário só por 22 vezes mais".
É a vez de Mr. Hyde pegar a caneta e fazer umas contas: "Com os 10 mil reais que tenho, o otário aqui vai ganhar 40 reais no mês. O otário do cheque especial vai pagar 880 reais pra ficar devendo os meus 10".
Gustavo Moscão, até então quieto, dá um pulo na cadeira: "Droga, Hyde, esse do cheque especial sou eu, tou empenhado no Itaú. Seria melhor se você me emprestasse direto, por uns 2% ao mês, nós dois sairiamos ganhando".
Peregrino, de novo: "Aí não pode, dá cadeia pro Hyde, é agiotagem".
Pois é, deve ser. Escolheram a obra do Pelicano, do Bom Dia (São Paulo, SP).
A turma do Botequim do Terguino anda doida para dar uns petelecos num aspone de deputado desmatador que mora por perto, o viado se orgulha de não fazer nada a não ser mamar. Calma, gente. Ficaram com o J. Bosco, de O Liberal (Belém, PA).
Leilinha Ferro gostou do que disse João da Noite, sobre ter inveja dos argentinos e bolivianos, quem sabe o Brasil também recupera alguns de seus bens em mãos de picaretas espanhóis. Fechou com o Paixão, da Gazeta do Povo (Curitiba, PR).
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