Deu um rebu danado no Beco do Oitavo na hora de escolherem a obra do dia. Bate-boca entre Mr. Hyde e Carlinhos Adeva, o primeiro defendendo o Sponholz, o segundo o Bessinha. Opus Dei para um, Lenin para o outro, para em seguida a discussão resvalar para qualificações impublicáveis, iniciadas com chupa-ovo do FHC e assecla do JD.
Acreditamos que os ânimos estavam quentes por conta da derrota do Internacional para o Fluminense, afinal ali só tem colorado. Aliás, de futebol ninguém falou, salvo alguns esparsos elogios para o técnico do Inter, como frouxo, cagado, bundão e por aí vai.
João da Noite precisou intervir, dizendo que os referidos artistas do traço merecem conviver na mesma cela, eles que se entendam. Menos, João, ora onde já se viu.
No fim, nem um nem outro. A maioria escolheu a obra do Alecrim.
No Botequim do Terguino o mau-humor também predominou até por volta do meio-dia. Parece que não existe gremista em Porto Alegre, no Botequim também só há colorados. Concluiram que os ruralistas exportadores de produtos in natura - tapados de agrotóxicos - são os mesmos que escravizam. Bem, disse Nicolau Gaiola, o Alceu Moreira é que não é, o sabe-tudo defensor do Código Piau se diz comerciante.
Ficaram com o Nani.
Leila Ferro fechou com a obra do Samuca, do Diário de Pernambuco (Recife, PE).
E João da Noite, o infiltrado, novamente obteve os bons préstimos da Leilinha, que lhe permitiu escolher uma obra, sob protestos dos demais empinantes. João se defendeu salientando a importância da obra escolhida: é a prova cabal de que a putaria é geral, em todos os recantos do país. Ficou com o Sinfrônio, do Diário do Nordeste (Fortaleza, CE).
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