jueves, 24 de mayo de 2012

Boêmios de ressaca com o advogado da máfia na Charge do Dias

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No Beco do Oitavo os boêmios se convenceram de que não são mais os mesmos. Marquito Açafrão, garrafa de água mineral à frente, resumiu o estado da turma: "Putz, isso de ficar até às cinco horas da matina falando em riqueza quase acabou comigo". Lúcio Peregrino observou: "Não é pela hora, Açafra, a gente não tinha nada é que ter misturado uísque com cerveja, isso sim". Lúcio também encarando uma sem gás. Isso na parte da manhã. Daqui a pouco, com o verão que faz em Porto Alegre, a quinta vira sexta-feira, dia de lobisomem, noite de cantoria no Beco, não resistirão às loiras geladas. É sempre assim, se começa com uma para tirar a ressaca, depois é um abraço.

O Contralouco como muitos não apareceu pela manhã. Ontem, por conta de uma pergunta do Antoninho Geográfico, da turma dos jovens boêmios, sobre o advogado da máfia, Márcio Thomaz Bastos, ele saiu dizendo que há tempos anda com a cabeça enguiçada com esse indivíduo, hoje iria pesquisar.

Mr. Hyde não perdeu a oportunidade: "Ué, Contralouco, agora que enguiçou? Achei que fosse de nascença...".

A pergunta do menino foi algo como: "Alguém sabe a ficha desse adeva?, quero entender porque os deputados ficaram lhe lambendo os ovos durante o interrogatório do Cachoeira, uma vergonha aquilo".

Na saída eu disse ao Contra o que sabia: que antes de ser colega do Paloffi-gato-gordo, aquele amigão do Lula e da Dilma, esse cidadão era especializado em defender os grandes sonegadores de impostos.

Hoje Nicolau Gaiola telefonou ao Contralouco por volta do meio-dia, por conta de um assunto que precisam resolver juntos, e confirmou: estava em casa, pesquisando.

Nosotros também vamos perguntar por aí, de repente o nobre cidadão defende pobres também, vai que nem cobre, naquela de tirar dos grandes ladrões para redistribuir metade, me engana que eu acho bacana, doçura para tentar tirar o fedor da alma, ah, mas vai que... mas sabe como é, esses jornais, só falam de podridão.

Com quorum reduzido, escolheram a obra do Pelicano, do Bom Dia (São Paulo, SP).



Os empinantes do Botequim do Terguino hoje tiveram algum trabalho com o próprio Terguino Ferro, dono do buteco e pai da Leilinha. Aristarco de Serraria e Clóvis Baixo tiveram de pegá-lo no meio da rua, meio que à força, quando se encaminhava a agência bancária, idéia firme de dar um tiro no gerentalha.

Algo a ver com um empréstimo a juros assassinos contraído no ano passado, o corno (Lúcio Peregrino certa vez, irritado com o cara,  deu uma geral na senhora sua esposa) do banco faz cu-doce para renegociar em condições razoáveis. Repetiram mil vezes que "Não adianta, Terguino, o cara só cumpre ordens" e nada de o dissuadir. Surtiu efeito quando Nicolau Gaiola, que estava chegando, o chacoalhou pelos ombros e lhe disse que "quem merece um tiro é o dono lá de São Paulo, é essa merda de Banco Central, vamos pra dentro, o que será da Leilinha, homem!". Ufa.

Lá dentro, nervoso e cansado, Aristarco de Serraria, aquele para quem tudo gira ao seu redor, disse que a garrafa não sossegava, mal a via de tão rápida.

Escolheram a obra do Marco Aurélio, de Zero Hora (Porto Alegre, RS).



Leilinha Ferro ficou com o Sinfrônio, do Diário do Nordeste (Fortaleza, CE).




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