martes, 15 de mayo de 2012

O governador Tarso Genro na Charge do Dias

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A terça-feira chegou repleta de assuntos no Beco do Oitavo. Primeiro Lúcio Peregrino cheio de amores pelo Delfim Netto: "Fica dizendo obviedades que todo mundo já sabe e os jornalões dão espaço, é ruim, hein... não é só ele que lê jornais, o cara deve estar caduco". Lúcio é outro que jurou abrir uma champanhe quando o Delfim for chamado para o Hades. Depois João da Noite também brincando com coisa séria, ao anunciar que o Carlinhos Cachoeira foi libertado e vai assumir como desembargador no Mato Grosso. Porém o assunto inescapável foi local. Ontem teve manifestação de sindicatos na porta do governador.

Alguns boêmios frequentadores do Beco do Oitavo possuem companheiras professoras, como já se disse por aqui, daí que andam muito putos com o governador. Falou o Gustavo Moscão: "Todo santo dia tenho que ouvir a mesma ladainha quando chego em casa, a Jussara não tem outro assunto, aquele cara já tá me deixando com raiva, pombas, se é lei paga e não bufa!".

O mesmo com o Jucão, da Silvana Maresia. O Jucão leu em voz alta a declaração da presidente do Sindicato dos Professores, a respeito do Tarso Genro: "É um governador que não honra o que disse e escreveu ao Cpers".

A bem da verdade, não são apenas os caras que têm mulher professora que estão por aqui com essa história. Todos os boêmios sofreram na carne, no buteco não tem ladrão nem mentiroso.

As crianças do Janjão, chegando em casa chorando, por que minha preta?, porque a professora chorou, foi assaltada na subida e não tinha mais dinheiro para o giz amanhã. Roubaram a bolsa. Ela chorou tudo, pai, chorou, chorou, disse que não aguentava mais, que ia largar tudo, vender cachorro-quente, ela com a roupa rasgada, apertando eu e as manas dizendo que não ia nos abandonar nunca, pai, eu amo ela...

A menina aos berros.

Para entender isso, uma menina lá e outra aqui, só quem subiu.

Pagar para lecionar.

"Para dar aumento aos aspones sempre tem dinheiro", trovejou Mr. Hyde.

Pois é, ninguém é cego, então todo o buteco está por aqui. Mais que o buteco, toda a rua, todo o bairro, toda a cidade, o RS inteiro não aguenta mais essa conversa mole de quem não cumpre a sua obrigação.

Ele e seu partido vão levar em lenha na próxima eleição.

Tigran propôs invadir o palácio para discutir o assunto com os nobres administradores. Carlinhos Adeva disse que "não, somos poucos, as classes armadas que os protegem nos matariam antes, nós as colocamos lá". Cada idéia...

É buteco, leitores. Bebem, sonham, dizem besteira.

Deu unanimidade na escolha, com a obra do Passofundo, de O Informativo do Vale (Lajeado, RS).







Aos empinantes do Botequim do Terguino hoje somou-se mais um camarada, um primo do Contralouco. O Contra o apresentou: "Este é o Aristarco, do bairro Serraria, meu primo, bom de papo e bom de copo, tá se mudando pra cá". Marquito Açafrão foi o primeiro a levantar-se para cumprimentá-lo: "Benvindo, Aristarco de Serraria".

Depois de alguns aperitivos, quando perceberam que o Aristarco era mesmo gente boa, de bebida forte, olhar sincero, sem zóinho para os olhos ou as pernas das mulheres dos outros, ou seja, não era imbecil, a amizade aprofundou. O próprio se soltou, pediu uma música (A Volta do Boêmio) e disse que o bar girava muito rápido.

O Contralouco se apressou: "Reparem não, minha gente, mas o meu primo às vezes parece meio tantã, é um negócio de que ele se sente parado no mundo enquanto tudo gira ao seu redor, mas não é louco, não". Ouviu-se o risinho zombeteiro do Nicolau Gaiola: "Olha quem falando, o Contra...". Pronto, hoje vão comemorar até tarde.

Escolheram a obra do mestre Aroeira, de O Dia (Rio de Janeiro, RJ), já com o voto do Aristarco de Serraria.




Leilinha Ferro para variar separou a obra do Duke, de O Tempo (Belo Horizonte, MG). 




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