Novamente os boêmios atrasaram o envio das obras do dia. A desculpa é que tiveram contratempos com alguns políticos. Bem, pelo menos enviaram.
No Beco do Oitavo um dos temas foi o salário mínimo. Lúcio Peregrino acionou a Vulgata:
Hic sapientia est. Qui habet intellectum, computet numerum bestiae. Numerus enfim hominis est, et numerus eius est sescenti sexaginta sex.
Lúcio: "Como sabemos, meus amigos, o nosso governo não é muito bom de cálculo, de modo que os burocratas, nossos empregados, acertaram na trave".
Não deu outra. Ficaram com o Tacho, do Jornal NH (Novo Hamburgo, RS).
Gustavo Moscão, voto vencido: "O quê!, vocês estão chamando a Dilmona de besta?".
Carlinhos Adeva: "Até que não é uma má ideia, Mosca, mas não é isso, não, longe da nossa querida presidenta. É que por pouco o salário mínimo não caiu no número do diabo. Não caiu no diabo mas ficou no pão que o diabo amassou".
Gustavo Moscão, voto vencido: "O quê!, vocês estão chamando a Dilmona de besta?".
Carlinhos Adeva: "Até que não é uma má ideia, Mosca, mas não é isso, não, longe da nossa querida presidenta. É que por pouco o salário mínimo não caiu no número do diabo. Não caiu no diabo mas ficou no pão que o diabo amassou".
O Botequim do Terguino também foi azarado pelas aves de mau agouro. Seis candidatos à vereança inventaram de colocá-lo em sua via-sacra de suplicar votos, só que aqui se deram mal com a malandragem.
O primeiro foi um candidato do petê. Entrou e sem pedir licença foi largando santinhos à frente de cada um dos empinantes, de mesa em mesa. Estava na quarta mesa quando ouviu um grito curto, de ave engasgada, às suas costas: "Putão!".
Voltou-se rapidamente e viu o pessoal fumando, alguns mirando a janela, na maior naturalidade, como se nada tivesse acontecido. Reiniciou o seu trabalho e veio um grito mais forte: "Filho da puta!". Tornou a se voltar e nada, a turma conversava sobre futebol. Fingiu recomeçar e se voltou bruscamente, tentando surpreender o espertinho. Nada, todo mundo normal, como se ele não existisse.
O autor da barbaridade foi o Clóvis Baixo, sempre ele. Os caras de outras mesas gostaram da sacanagem, quando o sujeito foi recomeçar a entrega dos santinhos o que ouviu foi quatro gritos: "Viadinho!", "Ladrão!", "Vai trabalhar vagabundo!" e "Vou comer tua irmã!".
O candidato se voltou novamente, no meio do bar, e abriu um grande sorriso, naquela de "sou politico, vou levar esses caras na conversa", e deu com o Contralouco olhando diretamente para ele, de frente, pernas cruzadas, muito sério.
Contralouco: "Você tem um segundo para se mandar daqui, seu desgraçado, senão eu mesmo vou te fazer a pele".
O sujeito fez um ar de quem vai se explicar e levou um empurrão nas costas do Chupim da Tristeza, foi parar lá perto na porta. Desta vez foi inteligente e deu no pé.
Aristarco de Serraria reclamou: "Pô, pessoal, pra que tanta hostilidade?, bastaria ignorar o sem-vergonha...".
Contralouco: "Que nada, Aristarco, esse bicho não vale o que come, se a gente deixa o infeliz iria querer discursar".
Nesse momento tinha uns vinte no bar. Aristarco ainda tornou a censurá-los: "Quero ver o que vocês vão fazer quando for uma candidata a entrar aqui". Mal terminou de falar e espoucaram gritos de aves no bar inteiro: "Galinhona!", "Puta!", "Chupadeira!" e outros que não podemos declinar.
Quando os outros candidatos entraram no bar, no decorrer do dia, os empinantes já estavam treinadinhos na técnica do espanta-vadio. Enfim, uma barbaridade antidemocrática, onde já se viu.
Ficaram com a obra do Ivan.
A senhorita Leila Ferro gostou da série do Passofundo.
João da Noite: "Acredite quem quiser, mas Porto Alegre tem 591 candidatos a vereador, para 36 cadeiras. O nanico PCdoB é o que tem mais, 57 querendo entrar no colo da Manoela Namorida. E tem cada nome... de assustar, mas também um que outro bom".
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