miércoles, 18 de julio de 2012

Tito Madi - 83 anos

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Tito Madi (Chauki Maddi, 18/7/1929, Pirajuí, SP), um dos poucos músicos populares brasileiros a reunir o sonho de todo artista: ser ao mesmo tempo grande cantor e grande compositor.

Como compositor, Tito conta com mais de 300 composições gravadas no Brasil e no exterior, mais um número incerto de obras inéditas. Muitos artistas gravaram suas músicas, como Sílvia Teles, Nelly Martins, Ivon Curi, Nora Ney, Rosana Toledo, Isaura Garcia, Agostinho dos Santos, Elizeth Cardoso, Wilson Simonal, Marisa Gata Mansa, Altemar Dutra, Milton Nascimento, Elza Soares, Jair Rodrigues, Nana Caymmi e tantos outros.

Os primeiros sucessos vieram em 1957, com a gravação de um 78 rotações com a valsa "Chove lá fora" e o samba-canção "Gauchinha bem-querer", ambas de sua autoria, com acompanhamento de Radamés Gnattali e sua orquestra. Recebeu por este disco a medalha dos Diários Associados, a medalha da Revista do Rádio, entregue pelo presidente Juscelino Kubitscheck e o Disco de Ouro do jornal O Globo, entre outros prêmios.

Seu maior sucesso é a valsa “Chove lá fora” (que amo, mas hoje não vou tocar, fica para outro dia, pois me remete para um dia de chuva que só eu sei, e choro, choro, choro, feito menino), porém com “Gauchinha bem-querer” quase matou os gaúchos do coração. Quase? 

Nada, matou e ainda mata, é um hino gaúcho, Tito virou cidadão honorário e tudo, o árabe por descendência direta se transformou em gaúcho, amor de nosotros, que somos árabes com descendência mais lejana.

Os velhos do Mercado Público, do Adelaide's, nos meus 20 anos, falavam da educação, do fino trato, carinho, amizade, da sensibilidade do Tito. Cresci como se o conhecesse, era meu amigo, embora nunca o tenha visto. Mas bem antes de Porto Alegre, eu já tinha seus discos, obtidos Deus sabe como, ao lado de Menuhin e Mozart. Ah.

A seguir com Kleiton e Kledir, o hino que ainda emociona os gaúchos/as de todas as idades.





Como cantor, sua lindíssima voz serviu sempre ao que há de melhor da música popular brasileira. Como ao seu também clássico "Cansei de ilusões". 

Esta também me dá uma coisa... queimei as fotos, eu e a moça do Chão de Estrelas na praia, os bilhetes que me amava. Queimei tudo, e fugi para sempre, sem deixar recado, para não fazer besteira, pois como disse em seguida o Luiz Melodia, uma mulher não pode vacilar. Ninguém pode, em se tratando de amor. Mas, respiro fundo, coragem, vai. 

Vai:





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AQUI (clique no azul, ó passante) há uma interessante biografia do Tito, ainda que rápida, contando algumas passagens da sua vida. Como esta: quando, em 1955, ao mudar-se para o Rio de Janeiro, um amigo lhe perguntou quanto tempo pretendia ficar na cidade, e o compositor, que tinha feito um empréstimo de quatro mil cruzeiros para viajar, hoje uns 1.400 reais, respondeu que ficaria no Rio pelo tempo de... quatro mil cruzeiros.

No ano de 2005, conforme o Dicionário Cravo Albin da MPB, Tito "enviou ao jornal O Globo uma carta de protesto dirigida às rádios e gravadoras contra o descaso e alijamento da programação dele e de cantores e compositores de sua geração".

Como nesse período do pós-ditadura já estava “tudo dominado”, obviamente que os destinatários fingiram que não leram e seguiram socando essa coisarada goela abaixo do povo.




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