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Hoje os boêmios, depois do churrasco festivo no Beco do Oitavo, de mil alegrias e somente uma decepção, foram à eleição das charges, uns mais pra lá do que pra cá, mas com olhos de lince, não perdem nada, ao contrário, alguns ficam mais aguçados com os merengues.
Ontem Luciano cantou, ao violão Mateus do Pinho. Praça Clóvis, do Paulo Vanzolini. Tanto foi o sucesso - com ensaio é outro papo - que hoje cantou de novo, ao meio-dia no meio da rua, e botou abaixo o bar e o Beco do Oitavo e toda a Cidade Baixa. O churrasco era na rua, carnes para noventa amigos, que recém Wilson Schu e Marquito Açafrão começavam a espetar, começando pelas linguiças para a molecada, e já tinha umas mil pessoas por ali, encheu o Beco, pelo que supomos que compareceu a Cidade Baixa inteira, pelos seus melhores. O Portuga, que não é bobo, tinha bóia para vender, como tinha o Pedrinho, que não ia abrir mas abriu ao ver tanta gente. Alguns de afinidade se aprochegavam e Clóvis Baixo dizia bem-vindo, meu irmão, tá em casa, o súper está aberto, vai lá e traz um quilo.
O Contralouco não cabia em si: "Tu viu, Sala, cada gostosa que apareceu, ui, olha a bunda daquela alemoa". Eu mereço.
Sim, o povo aqui da palafita hoje foi lá, 38 pessoas ao todo, felizes por contar com a companhia de Juanito Diaz Matabanquero e Frida Von Allerborn. Reapareceu, a rainha germânica, telefonou antes, sem equívocos, da Europa para cá andava dando ruídos na linha. O criador de chivos Juanito ficou pouco, tinha uns negócios a tratar.
Se for contar tudo... A coluna é para as charges. A elas.
De cara, homens e mulheres, por unanimidade, coração na mão, trêmulos, muitos choraram se firmando, mas a Jussara abriu o tarro, pela lembrança do seu Paulo Vanzolini exposta na magnífica obra do Amarildo, lá de Vitória, no Espírito Santo. Essa foi para derrubar mesmo. Logo que emoldurada, estará na primeira parede do botequim. Todos, todinhos, os boêmios, boêmias, visitantes, enviaram um abraço ao Amarildo. Está mandado, pega aí, vê se aguenta, são dezenas.
Depois o pessoal ficou contente ao saber que Angola é um país de respeito, mais que o nosso, com o W. Passos. Acreditamos que é a primeira obra do W. Passos a sair aqui, e já entrou arrasando.
E o dia do trabalho, do trabalhador, só poderia ser lembrado através do chargista que os boêmios consideram a Voz do Povo. Ele, Newton Silva, de Fortaleza.
Leilinha Ferro ficou com o Zop. Tem algumas colegas na facul que lutam com alguns probleminhas, não é mole. "É de doer, tio Salito, se ele visse... diz que eu e o Z mandamos um abraço pro seu Zop". Está mandado (O Z do PSol é o namoricado da guria).
A decepçãozinha foi o Nani. Mas passa, a turma entende.
A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que.., bem..., se fundiram no ano passado (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.
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