Os Filhos da Puta (3)

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A Santa Madre Igreja Apostólica Romana Suprema Perfeita, antro de estupradores de crianças e depositório de todas as taras, malditos onanistas de noites de martírios, decidiu:

Expulsar dos seus quadros, excomungando-o, ao Padre Beto, de Bauru (SP). Roberto Francisco Daniel, 48 anos, virou objeto do ódio dos carniceiros de preto por defender a opção sexual, o direito a tê-la, dos seres humanos.

Antes de excomungá-lo, como se alguém ainda se importasse com esse tipo de violência, o cerne da absoluta falta de argumentos, motivo de riso nos dias de hoje, veio a curta explicação, não era só por isso. Pelos seus risíveis rituais, um tal Conselho Presbiterial Diocesano o acusou de outro "crime", o de admitir casamentos abertos.

O correto, segundo os inquisidores, é bater punheta e perder a cabeça em noites de terror, ao ponto de avançar sobre os infantes.

Nada sabemos sobre o tal de padre Beto, de se supor que deve saber muito bem em que baile de cobras entrou para dançar, mas vai que não, e por essas e outras nada de botar a mão no fogo nem deixá-lo a sós com a meninada. Nós, os boêmios, boêmio palavra que dizemos de brincadeira, somos pessoas como qualquer um, sentiríamos pena, dele e talvez dos animais que o afligem em febre desesperada, ao se acabarem a um toque, não fosse o dano que causam aos seus semelhantes, por regra aos desprotegidos. Por culpa de vocês, malditas aves de rapina, pelo seu descaso e desespero pessoal das noites mal resolvidas, hoje temos outra peste horrível. Floresceram indústrias do dinheiro, bandos de ladrões que enchem a tevê todos os santos dias. 

O horror.

Rimos amargamente aqui. 

Seus Filhos de uma Puta.

O inferno que não existe os espera, aqui na Terra, lugar de nada melhor que um dia após o outro.



Botequim do Terguino, 1º de maio de 2013.
Luciano, Jezebel, Bruno, Zilá, Clóvis, Nicolau e seguem-se mais trinta assinando pela turma. João de Noite, enfim de volta, assinou ao fim, de chegada.

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Post Scriptum: O grave tema dos amigos me trouxe algo à lembrança. O Papa argentino - mudaria chonga nenhuma se fosse boliviano ou inglês - que ficava quietinho na horrível matança da ditadura do seu país, lutando em silêncio, o que entendemos, era complicada a sua relação com seus superiores, em ditaduras também, poderia ao menos expulsar de seus quadros o animal Júlio César Grassi, o canalha da Fundação Felices Los Niños, condenado na Argentina por abusar de crianças indefesas de asilo, na tenra idade, que, com o dinheiro da Igreja, vem postergando a prisão, lá também há filigranas jurídicas de advogados bem pagos. Para sorte dele, esse Julio, as crianças eram desvalidas, algumas aleijadas, outras somente crianças vulneráveis, sem voz e sem ninguém a quem recorrer no meio da noite. Tivessem alguém por elas, este alguém teria matado aquele cão sarnento com arma branca. Há foto do aleijado Julio Grassi neste blog, AQUI, todo conquistador, no título Católica: a tiara de três esferas e o antro de Onan. Pela foto e pela suas aparições na tevê, têm-se a certeza de que um dia foi vítima, tadinho.
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A coluna é inspiração dos boêmios do Botequim do Terguino, que esclareceram em histórico evento, por Termo assinado no dia 15 de abril de 2013 com o Sindicato das Trabalhadoras do Sexo - STS, que isso não tem nada a ver com mãe nem com puta que mereça esse nome. Vide Os Filhos da Puta (1).