viernes, 17 de mayo de 2013

Fica, Luxa, n'A Charge do Dias

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Depois de uma noite feliz, os empinantes tiveram uma manhã muito feliz no Botequim do Terguino. Ontem foi o dia dos festejos, com direito a fogos de artifício, o Beco do Oitavo iluminou-se até altas horas. Hoje foi o dia das rezas e pagamentos de promessas. Tudo por conta da vitória do grande Santa Fé sobre o Grêmio. Como todos sabemos, o Santa Fé veste vermelho e branco, além de ser patrocinado por uma fábrica de trago, daí que fechou todas.

Nosotros, desde a periferia de Montevideo, não ficamos nada contentes, afinal ontem caiu o último destas praças, Montevideo e Porto Alegre, amados burgos que nos acolhem e protegem. Quem sabe seja a hora de passar uns tempos em Bujumbura. Em termos futebolísticos a única alegria continental segue sendo o grande Boca Juniors, Salve, Román, na gaveta! No Brasil, ainda temos Galo. Uma bela final, se houver, se cada um amordaçar o "professor" e deixá-lo trancado no vestiário. Seja deste ou daquele jeito não me comovem, nem vou assistir, ora 300 mil por mês, só rindo. Que se fodam os gladiadores sem sangue.

Adolfo Dias Savchenko telefonou desde Córdoba, na Argentina, e disse que de lá dá para ouvir o coro dos colorados gaúchos, com: "Fica, Luxa, fica, querido, tome o dinheiro deles...". Que gente. Os boêmios entendem que aquele papo epilético de "filosofia" de vestiário não cola mais, hoje os atletas possuem o ensino fundamental, mas fazer o quê, que sigam pagando horrores para o "professor".

À noite haverá churrasco no bar, pede-se a todos que compareçam com ponchos e palas vermelhos, lenços também vermelhos, que o frio está de renguear cusco. Viram a ironia dos malvados? E eu me presto.

Ficaram com o Marco Aurélio, no dizer de Jussara do Moscão "um gremistaço como todos daquela bosta de filial da grobo, mas ao menos registrou muito sem vontade". Seguiram-se comentários impublicáveis, este blog é familar.  Pero ficaram à espreita dos demais artistas do traço e do pensamento que ainda não se manifestaram, a esperança é a última. 

Há de ter algum artista colorado neste mundo, gritou Janjão, com as charges em sua frente. Leilinha timidamente botou a colheirinha, de lá do caixa: "A gente pode pedir pro Newton Silva, meu amigo, de todos nós...". A turma rechaçou de pronto a colher: "Ora, incomodar o amigaço cearense, e ao mesmo tempo admitirmos que não tem home no RS, não mesmo, a gente tem vergonha, pô", disse Marquito Açafrão. 

E seguiram nesse tranco. Mandam um abração ao Newton, abraço que o povo desta palafita subscreve, abração.



Voltando à gatunagem de sempre, escolheram a obra do Amarildo.




Miss Leilinha não perdeu o bonde, com o J. Bosco. Como o artista, Leila entende que no Brasil é mais fácil os insetos seguirem devorando o povo.


A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que.., bem..., se fundiram  no ano passado (veja AQUI), face a dívidas com o sistema agiotário. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.

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