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No Beco do Oitavo pela manhã foram iniciadas as comemorações pelo aniversário do Contralouco, presentes os empinantes do Botequim do Terguino. À tarde haverá a via sacra pelos butecos da Cidade Baixa, tradicional caminhada de quando algum boêmio completa mais um aninho de vida, com algumas dezenas de cervejas em cada parada. À noite, cantoria no Beco, com a divina Gracinha como estrela principal. A tribo aqui da palafita envia um forte abraço ao Contra. Saúde, irmão.
No meio da manhã, entre risos e brindes, juntaram os ingredientes. O próprio Contralouco começou: "Um governador do PSDB". Nicolau Gaiola: "Outro do PT". Carlinhos Adeva: "Um senador do DEM". Walter Schiru: "Um vereador do PSOL". Lúcio Peregrino, que bebia com duas mulheres em mesa na calçada, mete a cara na janela: "A revista VEJA!". Marquito Açafrão: "Deputado do PCdoB". Carlos Piroca: "A empreiteira Delta do PAC!". Gustavo Moscão: "O Carlinhos Cachoeira e um panelão de ferro!". Todos silenciaram. Tigran Gdanski: "Ué, que panelão?". Hoje Gustavo Moscão se superou: "Ora, o panelão do diabo, pra jogar tudo dentro e fazer o molho para a pizza, não era isso que vocês estavam fazendo?".
Perfeito, é disso mesmo que se trata. Com mais umas mexidas, dos bolsos desses patifes sairão outros, periga faltar panelão. É como disse o Pedro Simon, se a gente não marcar de cima, meio a pau, é o que vai sair, uma pizza gigante.
Encaminhado o molho (Já estou sentindo, disse o Antonio Portuga, dono do Beco: um fedor dos infernos), escolheram a charge do dia. Ficaram com o Sinfrônio, do Diário do Nordeste (Fortaleza, CE).
A turma do Botequim do Terguino ficou acomodada em mesas na calçada. Tramavam algo a respeito do Contralouco, pois miravam o Contra e se punham a rir, enigmáticos. Deve ter mulher no meio. O Botequim hoje só abre à tarde, pela manhã o Terguino Ferro enfiou uma camisa de sair e se foi para a agência bancária, encarar o corno do gerentalha, quer saber se a tal redução dos juros se aplica ao empréstimo que contraiu a taxas assassinas no ano passado. À tarde saberemos. Lúcio Peregrino já avisou: "Se não se aplicar, vou comer de novo a mulher do senhor gerente, com boquete e tudinho". Mr. Hyde pergunta se alguém sabe como vai a perseguição mútua entre Carlito Dulcemano Yanés e Mr. F. Febraban, ninguém sabe, então ele torna a falar em jogar uns molotoves na agência, pela madrugada, mas é censurado com veemência pelos demais.
Escolheram a obra do Humberto, do Jornal do Commercio (Recife. PE).
A coordenadora da Charge do Dias, senhorita Leila Ferro, menina dos olhos dos boêmios, escolheu a obra do S. Salvador, do Estado de Minas (Belo Horizonte, MG).
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