Hoje bem cedo os jardins da palafita foram tomados pelos boêmios e respectivas famílias. Dobramos a segurança, estendendo a zona de proteção para 10 Km, pois Mr. F. Febraban ainda está inconforme pelas 20 casas de agiotagem que Carlito Dulcemano Yanés incendiou ontem em São Paulo. Somando a isso as cinco toneladas de pó-de-mico que o Papai Noel cubano-uruguaio deixou cair sobre a sua fortaleza em Angra dos Reis, no justo momento em que seus convidados - juízes, artistas da globo, políticos, traficantes, empreiteiros, putas, ministros, bicheiros, âncoras de noticiário e outros bichos da mesma laia, à luz da lua levantavam as taças de cristal marroquino para o primeiro gole de champanhe, dá para se ter uma idéia da irritação do veado.
Carlito já está entre nós, ainda hoje o Febraba terá outra surpresinha. Bem, no jardim temos quiosques e muitas flores, um riozinho que passa por entre as plantas, até uma piscina que se estende por 300 metros, indo e voltando, feito uma cobra dançante, construída pelos amigos africanos, que muito dinamitaram pontes em tempo de guerra e se realizaram ao construir algo tão belo, então o pessoal está muito à vontade. Música da boa, nada de tristeza, aniversário é aniversário, ninguém pode se dar ao luxo de ficar borocoxô, há tempo para isso. A palafita tem mais de um motivo para comemorar: hoje também é aniversário do nosso angolano Miquirina Segundo, que está liberado do trabalho da nossa segurança pessoal. Está lá no meio da festa, bonito de ver um ex-guerrilheiro todo de branco, chapéu de malandro da Lapa que Juanito lhe trouxe, sorrindo para todo mundo, de braços dados com a menina do Terguino.
Ontem contamos aqui um pouco da verdadeira história do Natal e do Papai Noel (muito resumida, quase nada), hoje deixaremos que os artistas - pensadores - do traço a contem, focados nos dias atuais. Clóvis Baixo, assessorado pela Leiloca, que ao lado de Miquirina está deslumbrante num vestido azul celeste, centro das atenções no bufê de merengues lá fora, guardaram algumas charges mais antigas.
Para a escolha das obras do dia todos contribuiram, inclusive a tribo da palafita. Para todas as escolhidas Adolfo Dias Savchenko teve uma palavra de elogio. Hoje aqui não tem ruim.
João da Noite bate na vidraça, olho e noto o seu olhar aflito. Com um aceno o mando entrar. Entra devagar, olhando para o chão. Fala logo, João, digo. Todo sem jeito explica que tem um assunto palpitante, que sabe que é Natal, mas que se desse para colocar uma chargezinha... acha que as pessoas vão entender e desculpá-lo. Puxa, quase me assustou, eu aqui com a cabeça na surpresinha noturna que Carlito preparou para o Febraban. Ora, João, manda ver - digo levantando, o blog é nosso! Vou lá fora novamente abraçar os amigos e o deixo em frente ao nóti.
Ao voltar topo com o Aroeira. Ploft, deu na cara deles com as costas da mão, "como se bate em china", no dizer do Branco, o albino Itiberê dos Santos lá de Palmeira das Missões.
Nunca conseguiremos agradecer aos artistas a bondade em nos permitir a reprodução das obras, muitas vezes adornadas por comentários impertinentes de João da Noite e deste que agora come milho no notibuqui. O menos que podemos fazer é desejar-lhes um aniversário de Jesus com muita felicidade junto às suas famílias e afetos.
As obras vão sem ordem alguma, do jeito que ficaram após passarem por muitas mãos sobre a mesa lá no meio do gramado.
Erasmo, do Jornal de Piracicaba.
Cazo, do Comércio do Jahu.
Amarildo, da Gazeta Online.
Paixão, da Gazeta do Povo.
Santiago.
Pelicano, do Bom Dia São Paulo.
Sponholz, do Jornal da Manhã (bis).
Clayton, de O Povo.
De novo Clayton.
Amorim.
J. Bosco, de O Liberal.
Newton Silva, do Jangadeiro Online (bis). Vixe!
Newton Silva, de novo. Égua!
Passofundo, de O Informativo.
Dálcio, do Correio Popular. Puxa, Dálcio, parabéns. Isso é que é presente de amor.
Ivan.
Luscar.
S. Salvador, do Estado de Minas.
Miguel, do Jornal do Commercio.
Sinfrônio, do Diário do Nordeste.
Sponholz, de novo.
Jorge Braga (bis).
E encerramos. Muitas passaram batidas, nem sempre Clóvis Baixo consegue captar tudo. Mas neste momento entra a Leiloquinha, linda, com os olhinhos brilhando, secundada por uma tropilha de rapazes e moças da sua idade: Tio Salito, não esquece de botar aquela do Santo.
Não esqueço.
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