miércoles, 28 de diciembre de 2011

La Barca, com todos felizes

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A palafita iniciou o churrasco às 23 h, sem pressa. Aguardamos a chegada de Carlito Yanés lá pela uma da madrugada. Carlito que ficou uma hora no banho, exagero dos arriados, depois se vestiu de cor do mar e blanco, mas o mar mal se vê, é branco, e perfume, hummm, e saiu para rever... adivinhem?

Ela mesma, Ju Betsabé. Saiu às cinco da tarde. Armado, o doido, dizendo Salito é só por precaução. Sabe o que diz, confiamos nele.

Na saída teve que aguentar assovios e gritos de "Ui, ai que lindo el noviecito blanco, ya se va amor?, no te vayas, vuelve a mis brazos".

João da Noite separa as carnes, já tocadinho pra lá de Bagdad, mas esse, como quase todos, não preocupa, vai longe depois de "firmar a mão", nunca ao ponto de se embebedar feio. 

Alguns desgarrados dos butecos estão conosco, dormirão por aqui, não pela tal de Lei Seca, essa lei para esta turma não precisava, ninguém é irresponsável. Tudo bicho curtido em lares sem luxo. Vão dormir aqui porque a festa emendou, ninguém dorme mais. Se quiser dormir, dorme, e acorda com guampa de pinga na mão, que os amigos entregam com jeito (tapas nas costas), e vamos em frente. 

Trocando recuerdos resolvem escutar o clássico La Barca de Roberto Cantoral García (México: Madero, 7 de junho de 1935 - Toluca, 7 de agosto de 2010).

Como cantante, escolhem a Luís Miguel Gallego Basteri (San Juan de Puerto Rico, 19 de abril de 1970).

Esperam Carlito, bebendo e falando a respeito de el. Sobreviviente.

Meia hora depois Carlito aponta lá adiante, chapéu afundado, mirando a terra em que pisa, o terno branco amassado, passando pelos guardas da palafita que o aplaudem, ele retribui com modestos, encabulados, acenos, aí levantando a cabeça em cumprimento de gracias.

Nuestros orientales soltam a música, que vai, sob o luzeiro do jardim de verão.

Carlito pára lá embaixo quando ouve. Pelo modo que se move sei que Betsabé não é para ele. Mas quem sou eu para saber do mundo.

Parou e começou a bater palmas aos locos, seus amigos, palmas de ironia, estão me judiando. E não estavam.









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