Clima de velório no Botequim, os boêmios com poucas palavras, sérios, conversando em voz baixa pelos cantos. Logo cedo foram comunicados por um sobrinho de Mr. Hyde da fatalidade. Ontem, em sua casa, o médico da turma sofreu uma repentina dor-de-cabeça, muito intensa, enquanto assistia tevê, no momento em que o Fortunati contracenava com o Fogaça. Levantou-se do sofá e foi molhar o rosto no banheiro, depois foi à cozinha, pegou um copo d'água e tomou um comprimido. Ao retornar para a sala a Manuela Namorida discursava, aí ele tonteou, derrubou o copo, tentou se equilibrar tateando no vazio mas desabou sem sentidos, na queda ganhando um corte feio no supercílio.
Ainda está hospitalizado, mas já fala algumas palavras. Os médicos ainda não têm resposta para o acontecimento, seguem realizando exames de toda ordem. Um dos médicos, colega antigo do próprio Mr. Hyde, passou no buteco e recomendou aos empinantes que não vissem mais o programa eleitoral, pelo menos até que a sua equipe tenha uma resposta para a ocorrência.
António Portuga colaborou, comunicando que a casa manteria a TV desligada daqui para a frente, por via das dúvidas: "Gente, vocês ouviram o gajo, de agora em diante a TV é só para ver futebol". O belo gesto do Portuga também se deve ao fato de que a TV é nova, a antiga o Contralouco arrebentou outro dia, e andava olhando para a nova com ar ameaçador desde que soube da desventura do Hyde. Aristarco de Serraria ponderou: "Futebol, sim, mas se for jogo do Inter é melhor deixar desligada".
O pessoal aqui do blog deseja uma rápida recuperação ao doutor.
Somente pelo meio da tarde os empinantes se encorajaram a escolher as obras do dia.
Ficaram com o Luscar.
E com o Jota A, de O Dia (Teresina, PI).
Leilinha Ferro escolheu a obra do Newton Silva.
(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema bancário, ou agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.)
Que perigo, menino! Não sabiam que assistir a isso pode matar? Ai q bom foi apenas um susto. Bjocas
ResponderBorraré verdade isso? Fiquei preocupado. O homem está bem, foi só um susto?
ResponderBorrarParee que sim, meu amigo. O pessoal ia visitá-lo ontem. Grato. Abraço. Sala
ResponderBorrarVou me informar no Beco do Oitavo.
ResponderBorrarPois acabo de voltar do Botequim do Terguino neste momento e, para minha grande surpresa,encontrei por lá, muito bem abancado, Mr. Hyde et caterva. Bebericavam umas que outras junto a janela da casa, na fatídica mesa número 1, não poderia ser outra. Não houve encontro, nem visita, nem internação, não passou de um grande equívoco, pra não dizer enganação geral.Lúcio Peregrino, Aristarco Moscão, Gustavo da Serraria, Leilinha Ponta Grossa, Tigran Gdansk compareceram em massa no Pavilhão Maia Filho, tentando levar carinho e solidariedade ao amigo acidentado, e até mesmo o inefável Adolfo Dias Savhencko se veio embora, pegou o primeiro ônibus que passou por la Ruta 5, cruzou a fronteira de madrugada, e cedo, muito cedo mesmo, era o primeiro na fila das visitas desta terça-feira, na calçada da Santa Casa de Misericórdia. E eu, somente hoje tive oportunidade de levar meu abraço ao amigo acidentado. Para minha grande alegria, o índio véio tá interaço, não levou tombo nenhum, não quebrou as guampas, nem sofreu nenhum arranhão. Tomamos todo vinho da casa.
ResponderBorrarVejo que tomaram todas mesmo, caro amigo, pela misturança dos nomes. Valeu. É caso superado, soube hoje que o doutor já está em plena forma.
ResponderBorrarAbração.
Sala