miércoles, 8 de agosto de 2012

Os advogados do Mensalão, na Charge do Dias

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Aristarco de Serraria dá o tom, quando os boêmios começam a falar do Mensalão: "Vocês têm observado o baixo nível dos advogados que defendem aqueles vagabundos?".

Tigran Gdansk: "Defender o indefensável não deve ser mesmo fácil. Ridículos, o que faz o dinheiro...".

Contralouco: "Dinheiro que seus clientes roubaram da gente. Eu não consigo assistir a conversa desses caras, me enoja, tudo mão-de-gato, dá vontade de entrar lá e dar uma porrada num".

Gustavo Moscão: "Seria melhor que essa gentalha sumisse. Tomara que morram todos".

Jucão da Maresia: "Que morram os que roubaram, né, tadinhos dos advogados, deixa fora...".

Gustavo moscão: "Sei não, é como o diz o Contra: estão sendo pagos com o nosso, e sabem muito bem disso, são gatolinos também".

Jucão: "Os adevas só cumprem com a sua obrigação, o juris esperneandi".

Carlinhos Adeva: "Li boa parte do processo. O que os réus mentiram, desde o início... Mentiram, mentiram... para eles o próprio Caixa 2 era invenção de opositores, mas foram obrigados a ir entregando aos poucos, diante de provas e acareações, até de filmagens metendo a mão, igualzinho a todos os marginais quando são flagrados. Não passam de vagabundos mesmo. Agora, quanto aos advogados, deixa fora, os caras estão somente cumprindo a sua obrigação, réu sem defesa é crime maior".

Aristarco de Serraria: "Agora dizem que Caixa 2 não é crime, ahahah. A grana teria saído de onde, se não do suor do povo? Do Daniel Dantas? E de onde ele tira? Ou teria saído do Banco do Brasil, dos Correios ou da CEF? E quem sustenta esses antros?".

Clóvis Baixo pede licença e lê uma notícia:

"Depois de defenderem José Dirceu e José Genoino no Supremo Tribunal Federal (STF), os advogados José Luiz de Oliveira Lima e Luiz Fernando Pacheco estiveram, na noite desta segunda-feira, no tradicional restaurante Piantella, reduto de políticos e criminosos do colarinho branco em Brasília. Mas quem roubou a cena foi o senador cassado Demóstenes Torres, que também apareceu por lá. Ele foi ao piano bar e cantou.

Pediu ao pianista a harmonia de 'Let me try again' (Me deixe tentar novamente), famosa na voz de Frank Sinatra. Leu a letra diretamente de seu smartphone. Ele havia saído de Goiânia no fim da tarde e foi a Brasília encontrar seus advogados. Um deles, o Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, é sócio do Piantella. Depois da cantoria, às 23h em ponto, Demóstenes deixou o salão. Kakay, que defende Duda Mendonça no julgamento do mensalão, ficou até o fim, por volta de 1h".

Foi demais: saem todos correndo para fora do bar, uns simulando vômito e outros vomitando de verdade.

Nicolau Gaiola vem chegando ao  botequim e se indigna: "Ah, não, de novo falando de ladrões desgraçados!? Não viram Brasil e Rússia ontem no volei?".

Nicolau consegue arrastá-los para dentro do bar. Gustavo Moscão ainda pronuncia algumas palavras: "Eu pensava que tava preso, e ele lá bem belo, comendo do bom e do melhor e cantando...".

Resolvem pedir os aperitivos para recuperar a serenidade. Depois seguem para a Olimpíada de Londres. Contralouco exclama: "Sou mexicano desde pequenininho!".

Antes escolhem a obra do dia. Os boêmios do extinto Beco discutem, discutem, mas acabam se rendendo à ironia do Nani, sobre a atuação dos rábulas de porta de cadeia.




A turma do antigo Botequim fica com o Newton Silva.




Leilinha Ferro abraça a obra do Duke, de O Tempo (Belo Horizonte, MG).


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