lunes, 20 de agosto de 2012

Protestos no Botequim, na Charge do Dias

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Lúcio Peregrino, percorrendo as notícias no nótibuc, abriu os debates no Botequim do Terguino: "Gente, peguem esta, era só o que faltava: depois de prender o grupo músical, agora o russo Vladimir Putinho quer trancafiar o Garry Kasparov, ex-campeão mundial e um dos maiores gênios do xadrez de todos os tempos. Só porque o cara juntou-se aos protestos pela libertação das meninas da banda de punk rock, o Pussy Riot".

O polaco Tigran Gdansk, fissurado em xadrez, deu um pulo na cadeira: "Não acredito, o Kasparov não, eles não  ousariam!".

Lúcio: "Pois é, mas ameaçou, sim, ainda por cima inventando um crime que não houve, como os suecos, mancomunados com os americanos, fizeram com o Julian Assange, venha ver aqui..."

Clóvis Baixo: "Vamos mandar um foto das gurias pro blog, também protestamos contra a prisão". (abaixo, com a frase solicitada pelos boêmios)

FORA,  PUTINHO! SOLTE AS PRENDAS!



Alex Sociológico, estudante da UFRGS, de visita ao buteco: "Quando mamutes como esse Vladimir começam a apelar dessa maneira, é porque o fim está próximo...".

Contralouco: "Já que passamos a mandar fotos pro blog do Salito, manda também uma daquela gravata que desejamos aos matadores de crianças da Síria". (Idem com a frase).

Ó PRA VOCÊS!



O filósofo Aristarco de Serraria entrou no bar e sem uma palavra puxou uma cadeira, juntando-se aos companheiros. O seu silêncio logo despertou a atenção dos boêmios.

Lúcio Peregrino: "Aconteceu alguma coisa, nobre Aristarco? Ou o mundo é que está novamente girando muito rápido?". 

Disse isso porque, como todos sabem, Aristarco sofre de um problema que faz com que sinta tudo girando ao seu redor, até os copos. Há dias em que isso se intensifica.

"Sim, Lúcio, mas estou bem. Só aconteceu algo estranho, deixa para lá...".

Jezebel do Cpers, que até então discutia uma fala do Cristóvão Buarque,  detonando o governo  pela falta  de educação, com a também professora Jussara do Moscão, não permitiu a fuga: "Ah, não senhor, conta logo, Ari, assim não vale...".

Conta, ele quieto. Conta!, nem olho e fico quieto. Vai ao banheiro. Na volta, achando que tinha se escapado, decepção, de novo... Conta!, olha para a rua. Conta, não conto, olha pra rua. Conta, não conto. Conta, não conto, conta, conta, conta!

Conto.

Bem, sei lá, prometem não rir? Arrepende-se do que disse, todo mundo sério esperando.

E todo mundo aqui já sabe, Aristarco, do teu lance giratório. Conta, somos teus amigos, diz Mr. Hyde, tu tá diferente hoje.

Olhando para o chão... Bem, há pouco eu estava passando na esquina da lotérica em frente à Praça Montevidéu, ali na Prefeitura, quando um menino de uns dois ou três anos, ou quatro..., não me lembro mais dos meus!...  Levanta os olhos. ... soltou-se da mão da mãe e atravessou meu caminho, mesmo andando devagar quase atropelei o molequinho, saltei para dentro de uma mercearia de plástico. A mulher se apressou a resgatá-lo, a povona, dizendo: "Vem aqui, neguinho, cuidado, atrapalhou o vô...".

Contralouco: "Desgraçada. Ora, vô...".

Leilinha Ferro, que trazia uma cerveja para a mesa: "A bandida queria era assunto contigo, tio Aristarco, tu é muito bonitão...".

"Sei não, minha fiinha, mas naquele momento a Praça Montevidéu levantou vôo junto com o prédio da Prefeitura, e me seguiram até aqui. Vão lá fora e olhem para cima, se não estão girando sobre os prédios".

Clóvis Baixo: "Você sabe que não estão ali, Ari... é tu que vê e sente... E os copos e garrafas aqui?"

"Aqui tudo está girando a mil, até você, Baixo. Preciso de um remédio: Terguino! Me dá uma losninha tripla!".

Leila Ferro pede as charges, precisa enviá-las, como sempre com atraso.

Os oriundos do extinto bar Beco ficaram com o Nani.




Os empinantes do velho Botequim abraçaram ao Clayton, de O Povo (Fortaleza, CE).



Leilinha Ferro ficou com o Pelicano, do Bom Dia (São Paulo, SP).



(A coluna A Charge do Dias leva esse título pelo seu idealizador, o mestre Adolfo Dias Savchenko, que um belo dia se mandou para a Argentina, onde vive muito bem. Sucedeu-o na coordenação a jovem Leila Ferro, filha do Terguino, quando os boêmios amarelaram na hora de assumir o encargo. Antes eram dois butecos, o Beco do Oitavo e o Botequim do Terguino, que há poucos dias se..., bem..., se fundiram (veja AQUI), devido a dívidas com o sistema bancário, ou agiotário, como eles dizem. O novo bar manteve o nome de um dos butecos: por sorteio ficou Botequim do Terguino, agora propriedade dos ex-endividados António Portuga e Terguino Ferro.)


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